Disputa interna pela presidência do Banco Central

Está aberta a sucessão do atual presidente, Hans Meyer, que vai se aposentar no final do ano. Começaram então as grandes manobras e especulações internas com os dois principais candidatos. O BC é independente mas a presidência é aprovada pelo governo.

A decisão será anunciada dia 14 de setembro mas as especulações sobre a sucessão de Hans Meyer estão em todos os jornais. Entre vários candidatos possíveis, os dois tipos como favoritos são membros do Diretório do Banco Central (BNS), sediado em Berna, ao lado do Palácio do governo.

O Diretório é formado por apenas três membros: o presidente e os atuais candidatos favoritos, Jean-Pierre Roth e Bruno Gehrig. Abaixo do Diretório estão os 10 membros do Comitê do Banco que escolhem o presidente e submetem a decisão ao Conselho, composto de 40 membros. O Conselho geralmente aprova a decisão e a submete, por sua vez, ao governo federal.

Se o processo de decisão a claro, há divergências quando aos critérios de escolha. Para alguns analistas, o preponderante é o aspecto político-partidário, com a direção geral representando o consenso político tradicional na Suíça.

Outros analistas acham que o consenso é ainda mais amplo e considera também as três principais regiões linguísticas do país e até o aspecto confessional (católico ou protestante etc). Há ainda, segundo outros observadores, o compromisso econômico na escolha da direção com representantes sobretudo do setor financeiro e da indústria de exportação.

O critério de pura competência técnica seria secundário, pois todos concordam que o futuro presidente terá de continuar mantendo uma política monetária de rigor, principalmente com relação ao Euro, a moeda única européia, com quem a Suíça mantém praticamente dois terços de seu comércio e serviços.

swissinfo com agências.