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Doris Leuthard procura abrir mercados no Brasil

Doris Leuthard e o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em Davos. Keystone

A ministra suíça da economia inicia na quarta-feira sua primeira missão num dos quatro países economicamente prioritários para o governo suíço em 2007.

O objetivo de Doris Leuthard é de melhorar o acesso ao mercado brasileiro para os produtos e investimentos suíços. Ela também irá encontrar o presidente Lula.

Nos dois primeiros dias da estadia no Brasil, a ministra estará em São Paulo para contatos com empresários brasileiros e suíços. Vai visitar a Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – a escola suíça e também será recebida pelo governador José Serra.

Como sempre ocorre nas viagens dos ministros suíços da Economia, Doris Leuthard está acompanhada por diretores de grandes empresas suíças que têm negócios no Brasil. Ele tem encontro marcado com vários ministros e será recebida pelo presidente Lula.

Comissão conjunta

Na quinta-feira, a ministra suíça assinará, em Brasília, um “protocolo ce entendimento” para a criação de comissão econômica conjunta, pois o Brasil é o principal parceiro econômico da Suíça na América Latina. Essa comissão deverá inicialmente preparar dois acordos (de proteção de investimentos e de dupla imposição), acordos que a Suíça tem com seus principais parceiros comerciais mas que, até agora, não avançou com o Brasil.

Na última etapa da curta viagem, a delegação suíça irá a Feira de Santana, na Bahia, para a cerimônia de inauguração de uma nova fábrica da Nestlé, da qual o presidente Lula também participará.

Um ato concreto

Segundo os assessores da ministra, essa assinatura é um ato concreto da estratégia econômica para o Brasil, documento aprovado pelo governo helvético em dezembro de 2006.

Outro elemento da estratégia, que deve ser abordado pela ministra Doris Leuthard com seus interlocutores brasileiros é a melhora institucional das relações econômicas bilaterais dos dois países.

Prioridade

O Brasil é um dos raros países com os quais a Suíça ainda não assinou nem uma convenção de proteção de investimento, assim como um acordo visando evitar a dupla imposição.

A falta de um acordo nesse sentido é visto como um problema atual pelo governo helvético. O Brasil faz parte dos países agrupados no grupo denominado “BRIC” (Brasil, Rússia, Índia e China), que foi considerado pela Suíça como prioridade econômica em 2007.

Os quatro países devem representar a metade da produção industrial mundial em quarenta anos.

Ciclo de Doha

Durante a visita ao Brasil, o ciclo de negociações de Doha (da Organização Mundial do Comércio) será também tema de conversação, depois da reunião presidida pela ministra em Davos no fim de janeiro.

Representando os países exportadores de produtos agrícolas, o Brasil militará à favor de uma maior liberalização dos mercados, um tema que não é prioritário para a Suíça.

swissinfo com agências

O Brasil é o principal parceiro comercial da Suíça na América Latina, antes do México e da Argentina.
Durante os primeiros onze meses de 2006, a Suíça exportou bens no valor de 1,3 bilhões de francos para o Brasil.
Ela importou mercadorias no montante de 719 milhões de francos.
Com relação à 2005, o comércio bilateral da Suíça com o Brasil aumentou em mais de um quarto no ano passado.
Em 2005, os investimentos suíços ao Brasil chegaram a atingir a marca de 6,5 bilhões de francos.
Empresas suíças empregam 91 mil pessoas no Brasil.

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