Estimular o crescimento econômico é prioritário
Para a maior organização patronal da Suíça - economiasuíça - estimular o crescimento continua a ser o desafio central da política econômica do país.
Durante a coletiva anual à imprensa, a organização criticou a “política de blocagem” dos “meios conservadores de direita e de esquerda”.
Falando em favor de uma política econômica clara, o presidente da economiasuíça, Ueli Forster, disse justamente que o programa do governo federal propicia uma imagem ambígua.
A lei sobre o mercado interno e o programa de cortes de despesas públicas de 2004 são sinais positivos, segundo Forster. Mas ele constata “incoerências) em matéria de crescimento como a fiscalidade das empresas, o sistema de formação, a política agrícola, a abertura do mercado da eletricidade, o sistema de saúde e os encargos administrativos das empresas.
No fundo, economiasuíça pede mais “coerência” ao governo federal, com medidas mais eficazes para estimular o crescimento e não manter “posições conquistadas que inibem a concorrência”.
Liberalização rápida
Com a liberalização das políticas econômicas e comerciais e os progressos técnicos dos transportes, o comércio internacional quintuplicou nos últimos anos, lembrou Patrick Odier, vice-presidente da economiasuíça.
Com sua pequena economia, a Suíça é um dos países mais intregrados à economia mundial. As empresas suíças empregam mais de 1,8 milhão de pessoas no exterior e metade do faturamento provém do exterior, lembrou ainda Patrick Odier.
Ou seja, o governo tem razão ao se concentrar no acesso aos mercados extrangeiros e em uma legislação internacional. Economiasuíça apóia essa estratégia.
Por isso, a converência ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Hong-Kong, em dezembro, tem uma importância decisiva, afirma economiasuíça. Ela espera que a delegação suíça defenda “com determinação uma liberalização rápida e ampla das regras do comércio mundial”.
A organiização exige que, paralelamente, os acordos bilaterais com os principais parceiros comerciais da Suíça sejam mais ampliados para evitar qualquer discriminação de sua economia.
Economiasuíça deseja também que o governo mantenha a estratégia de acordos bilaterais com a União Européia, via “pragmática” que já provou sua eficácia” e que continua “a única opção para o futuro imediato”.
«Posições retrógradas»
O presidente do comité diretor de economiasuíça critica ainda a “política de blocagem” praticada pelos “meios conservadores de direita e de esquerda”.
Essa atitude impede as reformas e a adoção de medidas urgentes para estimular o crescimento, de acordo com Rudolf Ramsauer.
Para ele, essa atitude está sendo adotada dos dossiês Schengen/Dublin, libre circulação das pessoas, agricultura trangênica, lucros do Banco Central em favor da aposentadoria mínima (AVS) ou do salário família.
“As pessoas que defendem essas posições são retrógradas e irrealistas e não defendem os interesses do nosso país”, garante Rudolf Ramsauer.
swissinfo e agências
Economiesuíça é a principal organização de empresas suíças.
Cerca de 30 mil empresas são membro.
A organização representa seus interesses no plano político e trabalha para melhorar o contexto geral da economia suíça.
Ela foi criada em 2000 a partir da fusão do Vorort (União Suíça do Comércio e Indústria e da Sociedade pelo Desenvolvimento da Economia Suíça (sdes).
– A organização economiasuíça considera que o estímulo ao crescimento é a prioridade da política econômica da Suíça.
– Em matéria de política econômia externa, a organização apóia a estratégia do governo.
– Economiasuíça defende uma rápida liberalização do comércio mundial na OMC e pede a extenção dos acordos bilaterais com a UE.
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