O Milagre que durou pouco
A primeira falência de uma empresa suíça da chamada nova economia foi anunciada sexta-feira. Cotada na Bolsa desde novembro, em 6 meses as ações da "Milagre" haviam quadriplicado de valor. A queda também foi rápida e 318 pessoas serão licenciadas.
A “Miracle” começou a ser cotada no SWX, índice de novos valores da Bolsa de Zurique, em novembro do ano passado. A cotação inicial foi de 240 francos suíços e, em fevereiro, as mesmas ações valiam 1.190 francos.
Na última cotação, quinta-feira, antes da suspensão das transações, as ações da “Milagre” valiam 69 francos suíços. As perdas da empresa foram multiplicadas por 6 no primeiro semestre devido principalmente à queixa de certos clientes.
A entrada na bolsa fora pilotada pelo Crédito Suíço, segundo maior banco do país, que teria recusado um novo crédito de urgência à “Milagre”. Na falta de liquidez, o conselho de administração decidiu demitir todos os 318 funcionários, 252 na Suíça.
Segundo especialistas, a falência da “Milagre” pode ser a primeira de outras empresas da chamada nova economia. No ano passado, também na Suíça, houve uma corrida dos investidores às ações de telecomunicações, biotecnologia e internet.
Muitos desses investimentos, segundo especialistas do setor, foram feitos apostando em lucros rápidos, sem considerar a situação e as perspectivas comerciais das empresas.
swissinfo com agências.
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