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Pílulas contra acidente nuclear

Farmacêutico exibe embalagem de iodo de iodeto de potássio distribuído para a população suíça. Keystone

Governo federal distribui o primeiro lote de pílulas de iodeto de potássio a 1,2 milhões de habitantes de localidades suíças próximas a usinas nucleares.

A segunda distribuição será realizada a partir do ano que vem. Pílulas ajudam a evitar a contaminação radioativa da glândula tireóide em caso de acidente nuclear.

Ana Paula teve um grande susto quando abriu sua caixa postal: ao invés de cartas, o que essa brasileira descobriu foi uma embalagem de medicamentos com uma tarja vermelha no meio. No pacote, inscrições em oito idiomas explicam que as pílulas só podem ser tomadas com ordem expressa das autoridades e que servem para proteger da radioatividade.

Apesar de viver há mais de dez anos na Suíça, Ana Paula não se lembrava de ter vivido uma situação parecida. Ela, porém, não foi a única a ser presenteada com os medicamentos oriundos dos estoques de farmácia do exército suíço.

Os pacotes contendo 65 mg de pílulas de iodeto de potássio foram distribuídos aos 1,2 milhões de habitantes da Suíça que vivem a menos de 20 quilômetros de uma das cinco usinas nucleares em funcionamento no país.

Contaminação radioativa

No caso de acidente grave, onde uma das possíveis conseqüências seria o lançamento de gases radioativos na atmosfera, o governo suíço pode ordenar por rádio a ingestão das pílulas. Elas ajudariam a evitar a contaminação da glândula tireóide.

Depois da distribuição da primeira remessa dos medicamentos, que podem ser conservados por até dez anos num local seco e distante das crianças, o governo pretende enviar pelo correio a partir de janeiro de 2005 a segunda leva.

Graças à boa organização suíça, as pessoas que não receberam as pílulas pelo correio podem também procurá-las em qualquer posto dos correios ou farmácias.

Depois de instruída sobre a utilidade das misteriosa correspondência, Ana Paula respirou aliviada. “Realmente vivemos num país seguro, mesmo em caso de acidente nuclear”.

swissinfo, Alexander Thoele

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