Prós e antitabaco se exprimem na OMS
Todos os meios ligados ao tabaco participam de conferência pública em Genebra antes das negociações da Convenção internacional antitabaco da OMS, Organização Mundial de Saúde. A Convenção começa a ser negociada segunda-feira por 191 países.
A cada minuto 8 pessos morrem no mundo vítimas do tabagismo. São 4 milhões de mortos por ano, segundo os cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra. A luta contra o tabaco é um dos objetivos prioritários da OMS.
Segunda-feira, 191 países começam a negociar, em Genebra, a primeira Convenção internacional sobre o tabaco. Hoje e sexta-feira, as posições são expostas em
audiências públicas na OMS, em 177 pronunciamentos de 5 minutos.
Produtores de tabaco, associações de fumantes e sobretudo as multinacionais do setor são contra a Convenção desejada pela OMC, com o objetivo de proibir ou limitar a publicidade direcionada aos jovens e reforçar as campanhas de prevenção. Pode haver também o aumento dos impostos para dissuadir os fumantes.
Organizações não governamentais e associações médicas são favoráveis à Convenção.
Mesmo no banco dos réus e condenadas a pagar multas astronômicas nos Estados Unidos, as multinacionais do tabaco são contra as limitações da futura Convenção. Documentos internos divulgados recentemente revelaram o que essas empresas tem tentado desmoralizar a OMS, influencias pesquisas científicas e dissuadir governos dos países em desenvolvimento a não adotarem restrições ao tabaco.
A Philip Morris, n° 1 mundial presente em 180 países considera “o consumo de tabaco um escolha legítima à qual os adultos têm direito”. Acha ainda que os processos na Justiça, como nos Estados Unidos, “só servem para enriquecer advogados e que as restrições são contrárias ao princípio do livre comércio”.
Outra gigante, a British American Tobacco considera os dados da OMS sobre as vítimas do tabaco exagerados. Em Genebra, o CIPRET, um dos principais centros de prevenção da Suíça, vai propor estímulos a culturas de substituição para as centenas de milhares de agricultores que vivem do cultivo do tabaco.
swissinfo com agências.
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