Suíça concorda com China na OMC
O ministro da Economia Pascal Couchepin e o chefe da delegação chinesa assinaram terça-feira, 26.9, em Genebra, um acordo bilateral sobre a adesão da China à Organização Mundial do Comércio. A China deve aderir à OMC em 2001, após 14 anos de negociação.
As negociações com a China, concluídas nesta terça-feira, foram muito difíceis para a Suíça, segundo fontes da OMC, em Genebra. Para concluir as negociações de adesão falta a Pequim apenas o aval do México.
A Suíça tinha basicamente três exigências nas negociações: condições similares às da União Européia para as seguradoras suíças no mercado chinês; redução de tarifas aduaneiras sobre alguns produtos, principalmente relógios e participação para empresas suíças no mercado de controle de qualidade de produtos, setor em que a SGS, de Genebra, é líder mundial.
No ano passado, o presidente chinês Jiang Zemin esteve na Suíça em visita oficial e o ministro suíço da Economia, Pascal Couchepin, esteve em Pequim. Dez dis atrás, Adolf Ogi, atual presidente da Suíça, esteve na China para as comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Entre 1995 e 1999, as trocas comerciais entre a China e a Suíça passaram de 1,9 a 2,8 bilhões de francos suíços. As exportações suíças aumentaram 22 p/cento (máquinas, produtos químicos e farmacêuticos). As exportações da China para a Suíça cresceram 33,6 p/cento (têxteis e roupas, máquinas e produtos químicos).
550 empresas suíças estão presentes em China, 300 na forma joint-ventures
Segundo o secretário de Estado da Economia, David Syz, as empresas suíças terão boas perspectivas na China nos próximos 5 anos.
A China já tem o aval de 36 membros da OMC, inclusive União Européia e Estados Unidos. Esses acordos, concluídos bilateralmente, serão posteriormente validados a nível multilateral para que as mesmas condições sejam aplicadas aos 138 países membros da OMC.
O processo de adesão da China à OMC deve ser concluído no início do ano que vem, após 14 anos de negociações. A China tem hoje a sétima economia mundial, calculada pelo PIB, mas pode tornar-se o primeiro mercado consumidor.
swissinfo com agências.
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