Suíça quer maior proteção para relógios e queijos
O governo suíço apresentou uma iniciativa na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, pretendendo ampliar a proteção de marcas pela proteção de orígem "Swiss made". Até agora só são protegidos vinhos e outras bebidas alcóolicas.
A intenção é incluir na lista de produtos protegidos aos relógios “Swiss made” e aos queijos. Até agora, a nível internacional, são pretegidos somente os vinhos e outras bebidas alcóolicas (champagne, conhaque etc), através dos acordo de tarifas aduaneiras de 1994, GATT.
Referindo-se aos queijos, o representante suíço na OMC, Didier Chambovey, afirmou que a agricultura deve “adaptar-se e concentrar-se em produtos capazes de competir em outros mercados”.
Os queijos são o principal produto agrícola exportado pela Suíça, que reinvindica a apelação do tipo “Gruyere” porque é o maior produtor, com 25 mil toneladas anuais. A França produz 15 mil toneladas de Gruyere. Por outro lado, a Suíça não exigiria o registro do tipo “Ementaler” porque 45 mil toneladas são produzidas na Suíça e 350 mil na União Européia.
Quanto aos relógios “Swiss made” é preciso protegê-la, segundo Chambovey, “porque ela aparece no mundo inteiro confundindo e enganando o cliente sobre a qualidade do produto”.
A iniciativa da Suíça tem o apôio de vários países que também pretendem proteger seus produtos. É o caso da India, com um tipo de arroz, e da Bulgária, com o iogurte, por exemplo.
Como ocorre freqüentemente na OMC, a iniciativa suíça passará por várias etapas de discussão e negociação.
swissinfo com agências.
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