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Suíça tem prioridades no Fórum de Davos

La presidente da Suíça, Miicheline Calmy-Rey, chega WEF em Davos. Keystone

Reativar as negociações na rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), discutir maneiras de conter as mudanças climáticas e os ganhos dos executivos são algumas das prioridades.

Na abertura do Fórum Econômico Mundial de Davos (WEF), a presidente da Suíça e ministra das Relações Exteriores, Micheline Calmy-Rey, reclamou mais responsabilidade dos agentes econômicos, afirmando que os problemas globais exigem ações conjuntas.

Até o dia 28, cerca de 6 mil participantes do mundo econômico e político estarão no Fórum de Davos, nos Alpes suíços.

A Suíça aproveita desta grande concentração de homens e mulheres que decidem para estreitar contatos, pois além dos discursos oficiais e debates, muitos dos encontros importantes são bilateriais e ocorrem nos grandes hotéis da estação de inverno alpina.

Este ano, o enfoque para Suíça será concentrado no comércio internacional, futuro empresarial e ecologia.

Enfrentar juntos os problemas

No discurso de abertura, a ministra das Relações Exteriores – que também preside a Suíça este ano – Micheline Calmy-Rey afirmou que, sózinhos os políticos não podem resolver os grandes problemas do mundo atual.

Antes de passar a palavra para a chanceler alemã, Angela Merkel, a ministra suíça traçou um panorama do mundo em que os inocentes são o alvo de terroristas cegos e das armas de última geração, em que que crianças vão à guerra e o clima muda, lançando um apelo à responsabilidade.

Sublinhou ainda a necessidade do direito e da boa governança para a segurança de todos. Falou ainda do respeito dos fundamentos humanitários inscritos nas Convenções de Genebra e que “os crimes contra a humanidade serão o problema político de amanhã”.

Frente à grande questão atual – “Como os seres humanos poderão viver em paz, com dignidade e liberdade?” – é preciso agir mas com base na realidade, mas também “um sistema multilateral coerente e eficaz”. E como os líderes políticos não podem resolver tudo sózinhos, devemos melhorar nossa parceria com a economia e com a sociedade civil.

Reações

O discurso incisivo e integrador de Micheline Calmy-Rey suscitou reações positivas dos participantes. “É o discurso que ela devia fazer para um tal auditório!”, afirmou o brasileiro Ricardo Young Silva, do Instituto Ethos. “Vindo dos Estados Unidos, gostaríamos do ouvir com mais freqüência as personaliadades falarem como ela”, acrescentou Mitchell Kapor, da Kapor Enterprise.

Mohamad Mustaf, conselheiro econômico da Autoridade Palestina concorda que “ela falou dos verdadeiros problemas, sublinhando a dimensão humana”.

Sábado, a presidente suíça participará do Fórum alternativo que ocorre em paralelo ao WEF, onde falará das sociedades multiculturais.

Ministros no impasse da OMC

Outra ministra suíça que se ativa em Davos é a da Economia, Doris Leuthard. Ela participará do encontro informal organizado pela Suíça, entre 30 ministros de países que têm papel determinante nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), atualmente bloqueadas nas questões agrícolas.

“Queremos que estejam presentes todas as sensibilidades dos membros da OMC e o convite foi equilibrado”, afirmou a Doris Leuthard. A intenção é relançar as negociaçõees da rodada de Doha.

swissinfo

O Fórum Econômico Undial foi fundado pelo então professor universitário, Klaus Schwab, em 1971.

Ele escolheu Davos para reunir alguns empresários e acadêmicos amigos devido a beleza da paisagem, a possibilidade de esquiar num abiente descontraído que seria propício a um debate profundo e rico sobre o mundo que se globalizava.

Hoje o WEF é financiado com colaborações de cerca de mil empresas. Ele é sempre aberdo pelo presidente suíço em exercício e pelo próprio Schwab.

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