trabalhadores do Sul ganham menos
Na Suíça, 25 por cento da população ativa são estrangeiros. Nos setores de hotéis e restaurantes são 45 p/c, em serviços domésticos 34 p/c e 26 p/c na área de saúde, revelam estatísticas do governo. Na hora de receber é melhor ser do Norte que do Sul.
Na Suíça, país de 7 milhões de habitantes, mais de 1 milhão são estrangeiros. Entre eles 966 mil exercendo uma atividade lucrativa e realizando um quarto do volume de trabalho no país.
Na hotelaria e restauração, eles executam 45 por cento do trabalho. Nos serviços domésticos 34 por cento e no setor da saúde 26 por cento.
Já em áreas como agricultura, não chegam a 7 por cento, na administração pública 10 por cento e no ensino 14 por cento.
Geralmente os estrangeiros que vêm do Sul da União Européia e dos países emergentes do hemisfério sul têm formação deficiente em relação aos suíços. Ocorre o contrário em relação aos trabalhadores originarios do norte da Europa.
Com efeito, segundo revela a Divisão Federal de Estatísticas, 50 por cento deles têm formação superior. Apenas 24 por cento dos trabalhadores suíços fizeram essa formação. Conseqüência que se manifesta é que 36 p.c dos estrangeiros do Norte com emprego na Suíça ocupam posição de executivos, setor em que a percentagem de suíços é menor: 30 por cento.
Em média, os trabalhadores procedentes do sul recebem 14 por cento a menos que os suíços. Já os procedentes do norte da Europa ganham um pouco melhor que os próprios suíços.
Pessoas que não pertencem à União Européia, caso de brasileiros, chegam a ganhar 46 por cento a menos que seus colegas europeus no setor de hotéis e restaurantes. (Mas como os suíços fazem muito segredo sobre salário, em geral nem ficam sabendo).
Essa situação se reflete entre os mais pobres. No segundo semestre de 2000, a camada dos estrangeiros com renda « abaixo do nível da pobreza » era de 12 por cento, a dos suíços de 9 por cento e os europeus do norte de 6 por cento.
swissinfo com agências
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