Volta a controvérsia sobre abandono do nuclear
Na Suíça, onde o nuclear atende a 40 por cento da demanda em energia, há 2 controvertidos projetos de fechar a curto ou médio prazo as centrais nucleares. Estudo alemão avalia que os custos iriam variar de 18 a 25 bilhões de dólares...
Existem 2 iniciativas populares – instrumentos da democracia direta – mais ou menos radicais sobre abandono completo da produção de energia nuclear.
Uma delas intitulada “Moratória-plus” propõe que se prolongue por mais 10 anos a moratória aprovada pelo povo suíço em 1990 proibindo durante uma década a cosntrução de novas centrais nucleares. Exige também modernização das centrais existentes.
A iniciativa “Sair do Nuclear” propõe que se desativem 3 centrais (Beznau I e II e Mühlerberg). As duas outras (Goesgen e Leibstadt, foto)) deviam ser fechadas quando completarem 30 anos de funcionamento, por volta de 2015.
As duas iniciativas foram apresentadas ao governo em setembro. Isso significa que o povo deverá se pronunciar a respeito a médio prazo.
A aprovação de “Sair do Nuclear” custaria à economia suíça 40 bilhões de francos (US$ 24,6 bi) e a “Moratória-plus” 29 bilhões (US$ 17.9 bi). É o que concluiu prof. Silvio Borner, catedrático de Economia, da Universidade de Basiléia, com base no estudo, realizado pelo Instituto de Energia de Bremen, na Alemanha.
Os defensores do nuclear avançam também argumentos ecológicos, lembrando que a produção de energia nuclear não gera CO2, gases que provocam o efeito estufa. Insistem também que se pode tirar proveito com os baixos custos do nuclear para desenvolver energias renováveis.
Um especialista do setor considera uma loucura “parar centrais nucleares que funcionam para comprar eletricidade produzida por centrais da (vizinha) França, provavelmente a preços mais elevados”.
Os meios anti-nucleares não se abalam, tendo em mente o desastre de Chernobyl em 1986.
Fechamento antecipado das 5 centrais nucleares existentes no país custariam dezenas de bilhões de francos à econ
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