Há pouco espaço no topo do Eggishorn, popular por suas vistas do glaciar Aletsch
Hans Peter Jost
Se você pode se dar ao luxo de esquiar (na foto, a estância de Davos), é provável que você também possa comprar um BMW.
Hans Peter Jost
Os operadores dos teleféricos do Monte Titlis promoveram com sucesso a montanha aos turistas asiáticos.
Hans Peter Jost
Algumas instalações de topo de montanha têm muito em comum com a arquitetura de aeroportos, como aqui no Monte Pilatus.
Hans Peter Jost
As sobras antes da ressaca: o que resta após um festival de música ao ar livre no Kleine Scheidegg, acima dos resorts de Grindelwald e Wengen.
Hans Peter Jost
Passarelas com trilhos tornam as cristas expostas seguras, acessíveis... e lucrativas, como aqui no cume do "Glacier 3000", perto de Gstaad.
Hans Peter Jost
Os passeios no parque de diversões também são uma das atrações oferecidas pelo "Glacier 3000", quando as vistas das montanhas por si não são suficientes para agradar os visitantes
Hans Peter Jost
O gado pode ser empurrado para o lado quando faltam vagas para estacionar em um festival ao ar livre, como aqui em Flumserberg, no leste da Suíça
Hans Peter Jost
A cara do turismo de massa: uma pessoa fantasiada percorre o resort de Nendaz. Atrás dela, alguns dos "chalés" que acomodam milhares de turistas na estância de esqui.
Hans Peter Jost
Em qualquer dia, perto de um milhão de pessoas por hora estão subindo uma montanha em algum lugar dos Alpes suíços. Isso se todas as gôndolas, teleféricos, cremalheiras e outros meios mecânicos da Suíça estiverem funcionando em sua capacidade máxima.
O número pode parecer difícil de entender, especialmente se considerarmos quantos milhões se somam quando se conta todas as horas do dia. Mas as montanhas – especialmente nos Alpes – são um grande negócio.
A Suíça possui cerca de uma em cada quatro das aproximadamente 10.000 instalações de transporte encontradas nos Alpes, um arco que se estende de Nice na costa do Mediterrâneo até Trieste na costa italiana do Mar Adriático. Dependendo da popularidade da montanha, ela pode ficar muito lotada no topo.
Quando o fotógrafo Hans Peter Jost voltou para sua Suíça natal, depois de muitos anos no exterior, ele ficou impressionado com a enorme pegada que deixamos na cordilheira. Ele decidiu juntar-se às multidões e encontrou cenas geralmente associadas a cidades populares. As fotos que ele tirou tornaram-se parte de um livro, “Alpen-Blicke.ch” (Alpine-Views.ch), que oferece uma visão crítica de nosso impacto sobre os Alpes.
Jost e os autores contribuintes do livro não estão sozinhos em suas críticas.
“O turismo é um grande motor da urbanização. Os grandes empreendimentos turísticos têm uma taxa de consumo de área muito maior do que a de uma comunidade não turística”, escreve a organização ambientalista WWF.
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Alpes como parque de diversões
As montanhas suíças são hoje uma parque de diversão, onde até os menores vilarejos oferecem atrações diversas nas suas encostas.
Mas a redução dos danos ecológicos pode vir a um alto custo econômico. A associação de empresas de transporte de montanha afirma que 20% de todas as receitas geradas nas áreas montanhosas suíças provém direta ou indiretamente do turismo.
Houve uma sensação de pânico no setor no início deste ano, quando o impacto do confinamento suíço ainda era desconhecido e as viagens internacionais pararam.
A importância dos visitantes estrangeiros para o turismo alpino é mostrada no livro de Jost em imagens que retratam os turistas asiáticos tentando encontrar seu pé de tênis na neve.
As estatísticas deste verão ainda não foram publicadas, mas os primeiros relatos indicam que os turistas suíços podem haver compensado a falta, tendo tido que cancelar seus próprios planos de viajar ao exterior.
Os Alpes podem não ter estado à altura das expectativas idílicas daqueles suíços que aproveitaram a oportunidade para redescobrir suas montanhas pela primeira vez em muitos anos.
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