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1° de maio foi de críticas aos baixos salários

A maior manifestação do 1° de maio foi a de Zurique Keystone

Sindicalistas e até ministros denunciaram os baixos salários do setor privado e as pressões para o desmantelamento da seguridade social. As manifestações foram calmas, com exceção de Zurique onde repetiu-se o confronto entre alguns manifestantes e a polícia.

A maior das manifestações do 1° de maio de maio ocorreu em Zurique, uma das poucas cidades em que o dia do trabalho é feriado. Entre 6 e 10 mil pessoas participaram e a parte oficial foi calma, apesar do forte esquema policial.

Depois da manifestação, repetiu-se o desfile organizado por um movimento de estrema esquerda, com cerca de 200 pessoas promovendo um quebra-quebra, com repressão da polícia. Essa manifestação paralela ocorre praticamente todo ano em Zurique.

Em Berna, capital federal, apenas 1.500 pessoas se manifestaram calmamente. Discursando na manifestação em Berna, a ministra do Interior, Ruth Dreiffus, ex-sindicalista e membro do Partido Socialista, apoiou a reivindicação dos sindicatos por salários melhores.

“Mobilizemos nossa coragem e nossa energia para obtê-los”, afirmou a ministra. Ela também afirmou que teve de “gastar muita energia nos últimos 8 anos para evitar o desmantelamento da seguridade social.

Em Basiléia, 5 mil pessoas observaram um minuto de silêncio, no início da manifestação, pelos prisioneiros em greve de fome na Turquia. O presidente da USS, principal central sindical do país, Paul Rechsteiner, também denunciou a tentativa de “certos meios burgueses” de desmantelar a seguridade social e reclamou mais apôio para melhorar os baixos salários.

O vice-presidente da USS, Jean-Claude Rennwald, deu mais detalhes ao participar de uma manifestação em Le Locle, perto da fronteira francesa. Disse que 1 em cada 11 suíços pode ser considerado pobre e que 1 em cada 8 ganha menos de 3 mil francos suíços US 1.700) por mês.

Em discurso perto de Berna, o atual presidente da Suíça e também membro do Partido Socialista, Maurice Leuenberger, rejeitou críticas de que teria traido as conquistas do século passado mas considerou escandalosos que parte baixos dos salários do setor privado, que necessitam complementos da ajuda social. “São trabalhadores pobres no país mais rico do mundo”, afirmou Leuenberger.

swissinfo com agências

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