Ataques prosseguiram na terça
NoAfeganistão, os novos bombardeios norte-americanos de segunda-feira, 24 horas após início da ofensiva, prosseguiram na manhã de terça-feira, pela primeira vez em pleno dia. Há algumas indicações sobre n° de vítimas, que é difícil avaliar. Estados Unidos ameaçam ampliar a outros países.
A segunda leva de bombardeios na noite de segunda-feira e na manhã de terça visaram alvos estratégicos dos taleban, principalmente aeroportos. Os ataques começaram às 8h30, hora local, atingindo Jalalabad (leste), e Kandahar (sul), considerada uma fortaleza dos taleban.
A Aliança do Norte, aliada dos Estados Unidos, atacou por seu lado posições do inimigo na cidade de Mazar-i-Sharif.
Vítimas civis
Segundo o jornal italiano La Reppublica, com base em informação de rádio paquistanesa, 37 civis foram mortos em Kandahar. A agência Afghan Islamic Press afirma que 25 pessoas foram mortas, principalmente na cidade de Cabul e arredores. E um míssil de cruzeiro matou 4 desativadores de minas de uma agência das Nações Unidas, na manhã de terça-feira, também na capital afegã.
Por outro lado, a agência oficial iraniana IRNA afirma que nos ataques de segunda, foi morto o comandante das Forças Aéreas dos taleban, Akhtar Mohammed Mansour.
A vida continua
É difícil, no entanto, avaliar exatamente o número de vítimas e estragos. Os meios de informação estão dependendo da TV Al Jazirah, do Catar, a única que pode atuar no Afeganistão.
Essa TV do Catar divulgava na manhã de quinta-feira imagens mostrando que a população de Cabul procurava levar uma vida normal, na medida do possível: em meio a algumas ruínas continuava a circulação de carros e bicicletas, uma feira funcionava como em tempo de paz…
Desacordo entre EUA e GB
A ameaça dos Estados Unidos de ampliar a ofensiva antiterror a outros países foi mal recebida pela Grã-Bretanha, o principal aliado norte-americano na atual campanha contra os taleban. Segundo o ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, “o acordo no momento é que os ataques fiquem confinados ao Afeganistão”.
Segundo o ministro, invocar o artigo 51° da Carta das ONU sobre o direito à autodefesa nesse caso pode fazer ruir a coalizão internacional contra o terror.
“Outro Vietnã”
Os ataques norte-americanos no Afeganistão podem prolongar, estima a imprensa austríaca, de terça-feira. Trata-se de uma operação “que pode durar anos e terminar como no Vietnã”.
swisssinfo com agências.
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