COI aprova reformas para recuperar credibilidade
Os membros do Comitê Olímpico Internacional aprovaram as 50 reformas propostas pela Comissão 2000. Com manobras e pressões, o resultado da sessão do COI foi uma vitória do presidente Juan Antonio Samaranch, depois das denúncias de corrupção um ano atrás.
O Comitê Olímpico Internacional (COI), tem uma imagem mais moderna a partir de agora. Uma das instituições mais antigas e tradicionais do esporte, o COI mostrou sua rápida capacidade de reação, um ano depois das primeiras denúncias de corrupção de seus membros na atribuição dos Jogos de Salt Lake City, a serem realizados em 2002.
Na sessão do final de semana na sede do COI, em Lausanne, Suíça, os membros aprovaram as 50 reformas propostas pela Comissão 2000 e defendidas pelo presidente Juan Antonio Samaranch. São mudanças importantes na estrutura e no funcionamento da instituição. As principais são:
– Não haverá mais visitas dos membros às cidades candidatas à organização das Olimpíadas. A pré-seleção será feita pelo Comitê Executivo e a decisão final será votada por todos os membros na Sessão do COI. Tenta-se assim evitar a compra de votos durante as visitas, orígem do escândalo de corrupção um ano atrás.
– Muda a composição do Comitê Executivo, governo do COI, dando mais peso aos atletas, às federações esportivas e aos comitês olímpicos nacionais, cada um com 15 reprentantes. O novo CE terá também 70 membros individuais, cujas candidaturas serão selecionadas por uma comissão antes de serem votadas na Sessão.
– Os membros do COI terão mandatos de 8 anos com direito a uma reeleição. Até agora os membros eram vitalícios. A idade máxima para admissão é reduzida de 80 para 70 anos.
– O mandato do presidente do COI passa a ser de 8 anos, com direito a uma reeleição por 4 anos. O mandato do presidente Samaranch termina em setembro do ano que vem, quando completará 21 anos de poder.
Esperava-se mais contestação ao plano de reformas mas houve manobras e pressões. Samaranch tomou posição claramente pelas reformas e o voto foi aberto. Ele saiu portanto fortalecido, três dias antes de ser questionado pelo Congresso americano no inquérito sobre corrupção em Atlanta e Salt Lake City.
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