Congresso vai discutir adesão à ONU
O governo federal enviou ao Parlamento o texto de adesão às Nações Unidas. A Suíça e o Vaticano são os dois Estados não membros da ONU. Na mensagem ao Congresso, o governo afirma que o estatuto atual de observador só tem desvantagens para a Suíça.
Os objetivos da ONU correspondem aos da política externa da Suíça, afirmaram à imprensa sexta-feira, em Berna, o presidente atual da Suíça, Adolf Ogi, e o ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss.
Além disso, a Suíça participa das agências da ONU mas não tem direito de voto porque, como não é membro, tem apenas o estatuto de observador, embora esteja em Genebra a sede européia das Nações Unidas.
A Suíça nunca aderiu à ONU devido sua política de neutralidade mas os ministros Ogi e Deiss garantem que a neutralidade será preservada e que o país não será obrigado a participar de operações armadas da ONU. Eles citaram os exempplos da Suécia e da Áutria, também países neutros, e que são membros da ONU.
Os custos financeiros da adesão seriam “suportáveis”, segundo os ministros, e girariam em torno de 50 a 60 milhões de francos suíços por ano. Atualmente, com a participação nas agências da ONU (OMS, OIT, HCR etc) os custos são de 500 milhões de francos por ano.
O texto do governo será debatido no Parlamento em 2001 mas a decisão será tomada pelo voto popular, provavelmente em 2002, porque o povo é soberano na Suíça.
Na última votação sobre a ONU, em 16 de março de 1986, a adesão foi rejeitada por 75,7 p/cento dos eleitores. Como o contexto político internacional mudou, o governo acredita que, desta vez, o povo votará pela adesão.
swissinfo com agências.
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