Criticado aperto na política de asilo
Estudo de grupo de trabalho realizado a pedido do governo propõe medidas drásticas para reduzir custos com refugiados: recompensa para os bons e castigo para os maus. Esquerda e associações de defesa do asilado criticam a proposta.
Na Suíça, os gastos da Divisão Federal dos Refugiados correspondiam quinze anos atrás a menos de cem milhões de dólares (146 milhões de francos). No ano passado chegavam a cerca de 840 milhões (1,4 bilhão de francos).
A pedido do governo, um grupo de trabalho com representantes dos estados e da confederação acaba de sugerir proposta no sentido de resolver essa questão do refugiado na Suíça, tema que mais preocupa os suíços depois de desemprego.
A proposta tem dois aspectos principais:
1- os requerentes de asilo que chegam sem documento (que eram maioria, por exemplo, no caso do afluxo dos kosovares por ocasião da guerra em Kosovo) e que “colaboram com as autoridades” teriam direito a um alojamento individual e possibilidade de exercer uma atividade lucrativa; isso valeria desde o momento em que cheguem à Suíça até o momento de aceitação definitiva pelas autoridades ou de rejeição do pedido e consequente imposição de saída do país;
2- os requerentes cujo pedido asilo for rejeitado e se negam a deixar a Suíça teriam redução de assistência ao mínimo e nem teriam direito a alojamentos coletivos, com exceção de famílias com crianças pequenas, pessoas enfermas ou idosas.
O objetivo apresentado pelo grupo de trabalho ao elaborar essas medidas tornar a Suíça menos atraente para os refugiados, principalmente os imigrantes econômicos.
Partidos de esquerda e meios de defesa dos refugiados criticaram a proposta.
O Partido Socialista a considera repressiva e exige de preferência “sérias medidas de integração”. A Organização Coordenação Asilo-Suíça vê na proposta “uma tentativa de agravar a situação já oprimente dos requerentes de asilo”.
swissinfo com agências
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