“Direita dura” confirma avanço
O Partido do Povo Suíço (SVP/UDC) confirmou em nível regional o forte avanço conquistado em votações legislativas nacionais em outubro. Para analistas políticos o medo de uma aproximação da Suíça com a União Européia teria influenciado os eleitores.
A vitória da “direita dura” representada na Suíça pelo Partido Suíço do Povo (SVP-UDC) seria em grande parte um voto de protesto. (O SVP conquistou desta vez 21,9 por cento dos sufrágios, tornando-se a segunda representação política no Parlamento regional de St-Gallen, nordeste do país. Nas últimas votações, ficara em 8,7 por cento).
A escolha dos eleitores pode refletir rejeição de acordos bilaterais que a Suíça assinou com a União Européia para evitar isolamento. Esses acordos, a serem aprovados em maio pelo povo, fazem várias concessões como, por exemplo, no que diz respeito à livre circulação de pessoas e ao trânsito de jamantas da União Européia. Ora, a bandeira do SVP-UDC é bem anti-européia, defende a neutralidade do país e receia em caso de aproximação com a União Européia um intervencionismo no país que além disso iria atrair grande número de trabalhadores estrangeiros.
Teria pesado também na decisão dos eleitores as represálias adotadas pela União Européia contra a Áustria depois que na semana passada a extrema direita chefiada por Jörg Haider entrou no governo austríaco. (gb)
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