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Eleições: direita deve sair reforçada

Na Suíça, 4,6 milhões de eleitores escolhem no fim de semana 200 representantes no Conselho Nacional (Câmara) e 40 dos 46 membros do Conselho de Estados (Senado). Sondagens prevêem nítido avanço da direita.

No fim de semana, os eleitores suíços renovam o Parlamento, escolhendo 200 deputados e 40 dos 46 senadores.
(Na Suíça para ser eleitor e elegível basta ser suíço, ter 18 anos e gozar de direitos cívicos. E desde 1995 é possível votar para deputado por correspondência).

Os DEPUTADOS aqui chamados de “conselheiros nacionais” têm mandato de 4 anos e são eleitos pelo sistema de voto proporcional. Por exemplo, o cantão de Zurique, o mais populoso envia 34 deputados à Câmara, e minúsculos cantões como Uri, apenas 1 (para estes vale então o voto majoritário).

O SENADO é integrado por 46 “conselheiros de Estados” também eleitos por 4 anos. Cada cantão tem direito a 2 senadores e cada semi-cantão a apenas 1. (Na Suíça há 26 Cantões – ou Estados – sendo 3 deles divididos em semi-cantões).

Essas eleições legislativas suíças do fim de semana devem ser marcadas por um nítido avanço da direita populista em detrimento do partidos tradicionais de direita e pela confirmação da liderança do Partido Socialista.
Sondagem de 7 de outubro prevê que o Partido Popular Suíço PPS (Schweizerische Volks Partei) do líder carismático Christoph Blocher – o político mais em evidência no país – deve receber 20 por cento dos votos ou seja 5 por cento a mais que nas eleições de 1995. O Partido Socialista PS, o mais forte, deve também progredir pelo menos de um percentual. Quanto ao Partido Radical PRD Democrático e o Partido Democrata Cristão PRD, eles devem perderiam um percentual de sufrágios.

Essas 4 agremiações políticas, PPS, PS, PRD e PDC, estão representadas no Governo, formado por 7 ministros, sendo a presidência exercida em rodízio por um ano. Só que o Partido Popular tem unicamente 1 membro. E poderia passar a reivindicar 2 representantes no Governo. Por isso há observadores afirmando que essas eleições podem transtornar a vida política suíça. Mas no momento pelo menos elas não têm conseqüência imediata no Governo que o Parlamento não pode derrubar.

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