Europa terá menos armas pesadas
Chefe de Estado e de governo de 30 países, assinaram sexta-feira em Istanbul um tratado de redução de armas convencionais (CFE). É uma adaptação do tratado anterior OTAN-Pacto de Varsóvia, mas o novo tratado poderá incluir outros países como a Suíça.
O tratado assinado em Istanbul por 30 países na cúpula da OSCE – Organização de Segurança e Cooperação na Europa, entre eles a Suíça, visa reduzir pela metade as armas convencionais no continente europeu.
Trata-se de uma adaptação do tratado anterior assinado em Paris em 1990, que previa a redução de armas entre os dois blocos militares: a OTAN, no Ocidente, e o Pacto de Varsóvia, no Leste europeu. 50 mil armas foram destruidas depois desse primeiro tratado.
Com o fim da União Soviética e do Pacto de Varsóvia o primeiro texto ficou obsoleto e agora é adaptado fixando cotas de armas por país e não mais por blocos. O novo tratado CFE também reduz pela metade o número de armas convencionais fixado no tratado anterior. Ele atribui à Rússia, por exemplo, uma cota de 6.350 tanques e os Estados Unidos só poderão manter 1.812 tanques na Europa. Reduz também pela metade o número de aviões, helicópteros, blindados e artilharia.
Para a assinatura do Tratado em Istanbul, a Rússia teve de ceder. Admitiu que sua cota está ultrapassada com o conflito na Chechênia e aceitou inspeções da OSCE na Chechênia. O presidente Yeltsin tinha dito exatamente o contrário na abertura da cúpula de Istanbul, quinta-feira.
O novo tratado também prevê a inclusão de países que não eram signatários do tratado anterior. É o caso da Suíça, que é membro da OSCE mas não da OTAN. A questão vai suscitar muita controvérsia no país.
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