Futuro exército pode custar ainda mais caro
Apesar de reduzido a 119 mil homens, o futuro exército suíço pode custar mais caro que o atual. A revelação é do jornal "Le Temps", de Genebra, que publicou sexta-feira um relatório confidencial com propostas para o ministro da Defesa, Adolf Ogi.
Segundo o “Le Temps”, o relatório confidencial contém 5 propostas para a reforma do exército, elaborado por um grupo de especialistas, ainda não foi enviado ao próprio ministro do Exército Adolf Ogi.
As informações são confidenciais e não deveriam ser reveladas até 26 de novembro, quando os eleitores votarão uma proposta do Partido Socialista para reduzir o orçamento do exército pela metade. O orçamento atual é de 5 bilhões de francos por ano.
Entre as propostas dos especialistas, estão a redução do contingente para 119 mil homens na ativa (6 mil profissionais, 92 mil soldados de milícia e 21 mil recrutas). A reserva teria 80 mil homens. O tempo de serviço dos soldados de milícia (não profissionais) seria de 10 anos, até a idade de 32 34 anos.
Os comandos militares também seriam reduzidos de 8 para 3: Estado maior, Terrestre e Aeronáutica. No entanto, segundo o jornal “Le Temps”, a reforma seria acompanhada de uma modernização do material material para torná-lo o mais compatível ao da OTAN, aliança militar ocidental. Isso poderá tornar o Exército XXI mais caro ainda para o contribuinte.
Julgando que as depesas atuais com defesa são exageradas devido o contexto internacional, o Partido Socialista lançou uma iniciativa popular e o povo deverá votar em 26 de novembro a redução do orçamento do exército.
A iniciativa é combatida pelos outros 3 partidos governamentais considerando a proposta “irresponsável” e incompatível com as necessidades de defesa do país.
swissinfo com agências.
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