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Genebra como solução para crise nuclear iraniana?

Foto aérea das instalações nucleares iranianas em Isfahan. Keystone

Para resolver o conflito internacional sobre programa nuclear iraniano, o governo em Teerã pediu oficialmente à Suíça que organize uma conferência internacional em território neutro.

Outros países poderiam participar do encontro como Japão, Espanha e Paquistão. Idéia surgiu de um encontro entre representantes dos governo helvético e iraniano.

O Ministério das Relações Exteriores da Suíça (EDA, na sigla em alemão) planeja organizar na Suíça uma conferência internacional para resolver o conflito sobre o programa nuclear iraniano. A informação foi confirmada por diversas fontes próximas ao governo helvético, como publicou no domingo (23.07) o “Neue Zürcher Zeitung”. Segundo o jornal zuriquense, o EDA consulta atualmente diversos países envolvidos na questão. Um porta-voz do órgão declinou, porém, de comentar a notícia.

O pedido teria sido feito diretamente pelo governo iraniano durante o encontro realizado na terça-feira (18.07) entre Manuchehr Mottaki, ministro das Relações do Irã, e Michael Ambühl, secretário de Estado no EDA. Dois dias depois, a ministra suíça Micheline Calmy-Rey informou aos colegas do governo federal helvético que o Irã solicitava oficialmente a ajuda da Suíça para organizar o encontro em território neutro.

Genebra

A conferência internacional, que deve ser organizada em Genebra, tem por objetivo incluir mais países no debate sobre o programa nuclear iraniano. Até então, a questão está sendo apenas debatida entre os membros do Conselho de Segurança da ONU, além da Alemanha. Como informam as pessoas envolvidas no plano, países como Japão, Espanha e, possivelmente, até outros que não fazem parte do Conselho como Paquistão e Índia, poderiam ser envolvidos no processo.

Alemanha, França e Grã-bretanha apresentaram nessa semana no Conselho de Segurança o esboço de uma nova resolução, onde o Irã é ameaçado de sanções econômicas e diplomáticas, caso não abandone o projeto de enriquecimento de urânio. A resolução descarta, porém, o uso de ações militares.

Durante o encontro dos países do G-8 em São Petersburgo, Rússia, no fim-de-semana passado, vários chefes de Estado e de Governo exortaram o Irã a responder positivamente ao pacote de propostas do mundo ocidental para solucionar o conflito nuclear.

swissinfo com agências

Desde 1981 a Suíça representa os interesses do Irã nos Estados Unidos.
Paquistão cumpre o mesmo papel em Washington.
O Irã é o terceiro maior mercado comprador da Suíça no Oriente Médio, depois dos Emirados Árabes e da Arábia Saudita.
As exportações suíças para o Irã foram, em 2005, da orgem de 747 milhões de francos, enquanto as importações ficaram em apenas 53 milhões de francos.

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