Lançado o debate sobre custo do Exército
O governo suíço lançou oficialmente plano de reforma do Exército do país. O "Exército XXI" vai custar 4.3 bilhões de francos - US$ 2.5 bi. Nas despesas estão imbutidos 2 bilhões anuais para a compra de material sofisticado. O novo plano entrará em vigor em 2003.
A luz verde para as despesas militares não foi surpresa. No fim de abril, 3 jornais de domingo já haviam detalhado os gastos previstos no Exército, avançando a cifra de 2 bilhões anuais nos próximos 15 anos, só na compra de material bélico, como aviões e “nova geração”, tanques e baterias anti-aéreas.
Os 4.3 bilhões previstos envolvem aumento de meio bilhão na compra de material. No total, a soma corresponde ao nível atual das despesas, que meios de esquerda gostariam de reduzir.
O perfil do Exército vai mudar, com concentração do serviço militar quepassa a terminar aos 30 anos. (O sistema de milícias em vigor no país prevê exercícios espaçados. Atualmente quem é convocado só se livra do serviço militar aos 42 anos. Os oficiais aos 45).
Está também prevista uma reestruturação que implica redução de centenas de pessoas. A cifra avançada gira em torno de 2 mil. Mas pode ser superior. O ministro da Defesa, Samuel Schmid, nega-se a confirmar antes que termine estudo a esse respeito.
Se tudo correr como previsto, em 2003 o Exército terá 220 mil membros ativos (atualmente eles são 360 mil): 140 mil soldados e 80 mil reservistas, num país de tem 7 milhões de habitantes.
De resto o debate sobre a questão está apenas começando. Primeiro com consultas aos meios diretamente interessados (partidos políticos e diferentes organizaçõs) e, a partir do fim do ano, com debate no Parlamento, muito dividido sobre o assunto.
O projeto satisfaz a apetite militar que manifesta posições qualificadas de contraditórias: a vontade de criar um sistema de defesa autônomo no país e o desejo de participar de alianças militares estrangeiras.
swissinfo com agências.
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