Migração global debatida em Berna

Refugiados de Timor Leste, um dos exemplos do problema da imigração Keystone

Por iniciativa suíça, quase 60 especialistas e representantes de 30 países debateram quinta e sexta-feiras, 14 e 15/6, na capital Berna, diretrizes destinadas a gerir os crescentes fluxos migratórios que envolvem atualmente 150 milhões de pessoas. Os "experts" encaram o problema de maneira global, na perspectiva de uma convenção internacional.

Essa conferência em Berna, que reuniu quase 60 especialistas, já constatou ser indispensável um diálogo e uma harmonização de políticas governamentais na busca de soluções visando canalizar os movimentos migratórios.

Na reunião, a secretária de Estado no Ministério das Relações Exteriores das Filipinas, Rosalinda Valenton Tirona, destacou justamente a necessidade urgente de coordenar as políticas governamentais sobre o tema.

O diretor da Divisão Federal de Refugiados, da Suíça, Jean-Daniel Gerber, realçou que o caminho será longo e cheio de obstáculos. Citou por exemplo, os traficantes que ganham bilhões de dólares por ano no “comércio” da migração clandestina. Foi também mencionado o problema do tráfico de seres humanos.

A conferência em Berna apenas esboçou um debate sobre harmonização das políticas de migração entre os países de acolhida, de origem e de passagem dos migrantes.

Já existem algumas leis sobre o assunto, como a Convenção de Genebra sobre Refugiados, que data de 1951. Mas diferentes textos e leis não foram previstos para enfrentar o crescimento do fenômeno migratório que envolve atualmente, segundo cálculos da ONU, 150 milhões de pessoas, na maioria clandestinos.

A constatação geral, inclusive da Suíça, é que de fato, para problema global sá uma solução global.

swissinfo com agências