Paz entre Síria e Israel deve demorar
Os presidentes Clinton e Assad não chegaram a acordo para a retomada das negociações entre Síria e Israel. Eles estiveram reunidos durante quase 5 horas em Genebra mas, segundo porta-voz da Casa Branca, as divergências persistem entre Damasco e Jerusalém.
O encontro de domingo em Genebra entre os presidentes Clinton e Assad não produziu resultados imediatos. A intenção do presidente americano era tirar do impasse as negociações entre Israel e Síria, bloqueadas devido a exigência síria para que Israel se retire das colinas do Golã, restabelecendo as fronteiras anteriores à guerra dos 6 dias, em 1967.
Não houve acordo para retomar as negociações porque as posições da Síria e de Israel continuam divergentes, afirmou porta-voz da Casa Branca ao final do encontro, em Genebra. O presidente Clinton viajou imediatamente para Washington e Hafez Al Assad retorna segunda-feira a Damasco.
Os esforços diplomáticos dos Estados Unidos vão continuar nos próximos dias. O presidente Clinton vai enviar a Israel o coordenador para o Oriente Médio Dennis Ross e recebe o presidente egípcio Hosni Mubarak, terça-feira, em Washington.
Vários analistas concordam que Jerusalém e Damasco querem aproveitar a oportunidade para um acordo histórico. Depois que Egito e Jordânia firmaram a paz com Israel, a Síria está isolada e não tem mais o apoio de Moscou como na época soviética. Além disso, um acordo no Oriente Médio fecharia com chave de ouro o mandato de Bill Clinton e daria impulso ao vice-presidente Al Gore na reta final da campanha presidencial.
O encontro de Genebra foi devido em parte à iniciativa da Suíça. O ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss, esteve no Oriente Médio no início deste mês e reafirmou a disponibilidade do país em organizar esse e outros encontros.
Genebra, Claudinê Gonçalves
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