Políticos querem direita dura no governo
Na Suíça, a vitória da direita dura nas eleições de 24 de outubro cria nova polêmica com a proposta de parlamentares de centro e de esquerda de colocar no governo o principal líder de direita. E questiona-se a "fórmula mágica" dos ministérios.
Políticos suíços procuram restabelecer o equilíbrio da política suíça depois do “transtorno” provocado pelas eleições legislativas de 24 de novembro em que saiu vencedora a direita dura representada pelo Partido Popular Suíço (PPS, em alemão “schweizerische Volkspartei”). Com essa vitória o PPS reivindica um segundo segundo ministério no governo. A contra-proposta de alguns parlamentares de centro e de esquerda é ejetar o atual ministro do Partido Popular (Adolf Ogi, de tendência moderada) e substituí-lo por Christoph Blocher, líder de maior destaque do partido. Até porque o Parlamento não estaria “maduro” para atribuir dois postos governamentais ao PPS. Na realidade essa proposta é considerada um paliativo por observadores da política suíça. Seria mais uma tentativa de impedir a evolução do Partido Popular Suíço que passou de 14,9 a 22,6 por cento dos votos nas últimas eleições, superando mesmo os socialistas que ficaram com o percentual de 22,2. E a divisão ministerial ficaria tal qual por pelo menos mais um ano. Mas resta que a direita dura, com base no respaldo popular deverá continuar questionando a chamada “formula mágica” em vigor desde 1959. (Segundo essa “fórmula” os 4 maiores partidos políticos do país vinham dividindo os 7 ministérios: 2 radicais, dois socialistas, 2 democratas-cristãos e 1 do Partido Popular). O debate está portanto lançado e deverá chegar ao auge na reeleição dos 7 membros do governo pelo Parlamento em 15 de dezembro. (GB)
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