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Segurança determina tempo de vida de usinas nucleares

É o que propõe o governo suíço que acaba de fazer uma série de recomendações no setor nuclear, inclusive de referendo facultativo para novas usinas. O objetivo é modernizar uma lei que data dos anos 70. Mas a questão provoca muita controvérsia.

Na Suíça vigora uma moratória sobre construção nuclear de 10 anos que termina daqui a seis meses. E em setembro do ano passado foram apresentadas ao governo duas iniciativas (instrumentos da democracia direta) propondo soluções para o problema:
– uma pedindo o abandono completo do nuclear
– e outra a prorrogação dessa moratória em vigor desde 1990 que proibe novas instalações nucleares.

No mês de fevereiro deu-se novo passo na busca de entendimento entre os que atacam e defendem nuclear com uma proposta feita por comissão independente, nomeada pelo governo, de uma estocagem geológica de lixo nuclear de maneira durável, mas reversível. O modelo levava a consenso entra as duas partes.

Logo depois o lóbi nuclear publicava estudo indicando que abandono da energia nuclear custaria à Suíça 40 bilhões de francos (cerca 25 bi de dólares).

Os observadores notam que se a Suíça não abandona oficialmente o nuclear para produção de energia, a aprovação da moratória de 10 anos impôs uma orientação política às autoridades. O governo propôs na segunda-feira voto popular sobre novas instalações do gênero, mas nenhuma construção nessa área está prevista e nenhum projeto tem chance de ser aprovado.

Quanto à duração de utilização de usinas nucleares, segundo o governo suíço deve valer o critério da segurança. E como realçou o ministro da Energia, Moritz Leuenberger, por enquanto seria “o prazo x”. Os argumento a favor de uma limitação que fosse de 40 ou 50 anos são essencialmente políticos. E destacou: não se deve esquercer que as usinas nucleares não produzem C02, um dos gases à origem do efeito estufa”.

O argumento não convence os anti-nucleares que apontam para o perigo do nuclear e gostam de lembrar o desastre de Chernobyl, ocorrido em 1986.

Swissinfo, com agências – jgb

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