Suíços votam sobre exército e aposentadoria
Graças ao sistema de democracia direta, uma das particularidades do sistema político suíço, os eleitores votam questões importantes no final semana. Estão em jogo, entre outros temas, cortar metade do orçamento do exército e a aposentadoria antecipada.
Os dois principais assuntos da votação do final de semana são submetidos aos eleitores devido iniciativas populares. Para isso, são necessárias, no mínimo, 100 mil assinaturas.
A iniciativa sobre o corte de despesas do exército foi apresentada pelo Partido Socialista (PS), com apoio de outros partidos de esquerda e de alguns sindicatos. Se aprovada pela maioria dos eleitores e na maioria dos 26 estados, o orçamento do exército seria cortado pela metade.
Os autores da iniciativa afirma que, com o fim da guerra fria, as despesas atuais com defesa não se justificam. A iniciativa é combatida pela direita e pelo governo, que afirma não ser possível ter uma defesa digna desse nome com metade do orçamento.
Os eleitores já votaram várias vezes questões de defesa. O resultado mais surpreendente foi em 1989, quando 35,5 p/cento dos votantes se manifestaram pela extinção pura e simples do exército.
Outro problema essencial será submetido aos eleitores no final de semana. Trata-se da aprovação ou não a aposentadoria antecipada voluntária, aos 62 anos, pelo sistema de aposentadoria mínima (AVS) obrigatória.
Atualmente, os homens se aposentam aos 65 anos e as mulheres aos 64. A iniciativa prevê 62 anos, facultativo e proporcional, para homens e mulheres. O problema, também na Suíça, está no financiamento da AVS, cada vez mais problemático com o envelhecimento da população.
Este ano, para cada 100 pessoas economicamente ativas, existem 24 aposentados. Nas projeções para 2040, serão 100 ativos para 45 aposentados.
swissinfo com agências.
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