Suíça prepara-se para missão no Iraque
Especialistas suíços estão preparados para integrar a Comissão de Inspeção da ONU.
Químicos do laboratório do Ministério da Defesa preparam-se para analisar material recolhido e também já fazem parte da comissão da ONU.
Há anos que o laboratório atômico e químico do Ministério da Defesa tem papel importante na luta contra as armas de destruição em massa.
Suíços estiveram no Iraque
Desde sua criação, em 1991, a UNSCOM, Comissão Especial da ONU encarregada de verificar no Iraque a destruição de armas químicas, biológicas e os foguetes, teve a colaboração do laboratório suíço.
Um mês depois de sua criação, a UNSCOM obteve de Berna cinco especialistas em armas químicas do laboratório de Spiez, perto da capital Berna. Até a expulsão da UNSCOM Iraque, em outubro de 98, 42 especialistas suíços participaram de missões em território iraquiano.
Em 1999, a Comissão foi reestruturada e rebatizada de COCOVINU (comissão de controle, verificação e inspeção das Nações Unidas) e é composta atualmente de 220 especialistas. Segundo o Ministério da Defesa, nenhum suíço faz parte dela atualmente.
Alguns poderão voltar
Essa ausência tem várias razões. Até o acordo dos últimos dias, definindo o retorno dos inspetores ao Iraque, ninguém imaginava que isso fosse possível nessa velocidade. Como a UNSCOM havia sido expulsa do Iraque devido acusações de espionagem, a COCONINU fez tudo para ter outra imagem, com novas regras e pessoal permanente (60 pessoas).
Os especialistas também devem estar permanentemente disponíveis, o que é difícil para os suíços do pequeno laboratório de Spiez. Mesmo assim, técnicos da ONU vieram fazer cursos em Spiez no início deste ano.
Competências em armas químicas e biológicas
No entanto, Bernard Jeantly, especialista em desarmamento no Ministério da Defesa, afirma que a participação suíça seria conforme aos objetivos e à política suíça de promoção da paz.
A Suíça acaba de colocar à disposição da ONU, dentro de duas a quatro semanas, uma dezena de especialistas em armas químicas e biológicas. Em matéria de armas atômicas, os especialistas são da Agência Internacional de Energia Atômica, de Viena, na Áustria.
swissinfo/Michel Walter
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