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Suíça quer mais ajuda ao desenvolvimento

A miséria atinge muitos países, entre eles Bangladesh. Keystone

A Suíça é a favor de uma melhor ajuda ao desenvolvimento e espera que isso será possível com as reformas da ONU.

Diante da Assembléia Geral das Nações Unidas, segunda-feira, o embaixador suíço Peter Maurer incitou os países industrializados a assumirem suas responsabilidades financeiras.

O embaixador suíço Peter Maurer afirmou que não é necessário formular novos objetivos para o desenvolvimento mas sim atingir os que já foram formulados. Disse ainda que a seu país também precisa fazer mais nesse setor.

De fato, a Suíça reiterara quando de sua adesão à ONU, em 2002, que seu seu objetivo era dedicar 0,4% do Produto Nacional Bruto (PNB) à ajuda ao desenvolvimento. Em 2004, ela aplicou o equivalente a 0,34% do PNB.

O fato foi assinalado quinze dias atrás pelo chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Mark Mallock Brow, em visita à Berna. Ele afirmou que a Suíça foi um dos poucos países a reduzir sua ajuda ao desenvolvimento.

Em Nova York, o embaixador suíço disse que a Suíça vai apresentar em maio um relatório sobre sua contribuição aos objetivos do Milênio. Projetos bilaterais e um compromisso multilateral foram analisados na estratégia de cooperação ao desenvolvimento.

Perspectiva global

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, optou por uma compreensão global do desenvolvimento levando em conta não somente fatores econômicos, comerciais e sociais mas também ecológicos.

A Suíça apóia essa visão global, sublinhou o embaixador. Mas ela pretende enfatizar certos pontos como a igualdade de sexo, vista como muito importante na cooperação suíça ao desenvolvimento. A posição da mulher na sociedade é fundamental, por exemplo, no sistema de saúde pública.

A Suíça também é favorável a compromissos e medidas internacionais de luta contra as mudanças climáticas como previstas no Protocolo de Kyoto, para 2012.

Os maiores poluidores devem intensificar seus esforços na luta contra as mudanças climáticas, declarou o embaixador sem citar países. Os Estados Unidos, pelo menos por enquanto, recusam-se a ratificar o tratado.

Um sistema de alerta preventivo de catástrofes naturais deve ser montado, afirmou Peter Maurer. Existem ligações evidentes entre prevenção de catástrofes naturais, desenvolvimento sustentável e pobreza, declarou o embaixador suíço.

swissinfo com agências

Em 2004, 22 países industrializados contribuiram para a ajuda ao desenvolvimento com 93,6 bilhões de francos suíços.
Essa soma corresponde a apenas 0,25% do PNB global desses países.
A Suíça está em 15° lugar entre os doadores, com 0,37% do PNB.
Em 1970, o ONU havia preconizado que 0,7% di PNB fosse dedicado ao desenvolvimento dos países mais pobres.
Somente 5 países ultrapassaram essa meta: Dinamarca, Luxemburgo, Noroega, Suécia e Holanda.

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