Suíça oficial não vai a Porto Alegre II
Cerca de 50 suíços vão participar do II Fórum social Mundial, em Porto Alegre, de 31 de janeiro a 5 de fevereiro. Deputados, sindicalistas e militantes de ONGs estão no Brasil.
Com o lema “um outro mundo é possível”, os adversários da mundialização lotam a capital gaúcha, numa espécie de turismo social de compromisso político. Para o II FSM, os organizadores esperam a participação de até 60 mil pessoas dos cinco continentes, o triplo do ano passado.
Governo diz que não foi convidado
Os suíços também ampliaram a participação, embora oficialmente tenha enviado apenas 2 funcionários do Ministério das Relações Exteriores. Os deputados, sindicalistas, autoridades locais e membros de ONGs que foram a Porto Alegre não representam a Suíça oficial.
“A Suíça perde uma ótima ocasião de mostrar aos países em desenvolvimento que leva a sério os problemas Norte-Sul”, afirmou à swissinfo o deputado federal Rudolf Strahm.
“Ela deveria justamente ouvir as reivindicações e melhor para considerá-las nas negociações na OMC e no FMI (…) mas a pressão ainda não é suficiente forte para mudar de atitude”, acrescentou Strahm.
Falta de interesse
Pierre Tilmanns, outro deputado federal que está no Brasil, lamentou que a Suíça mande 3 ministros para o Fórum Econômico Mundial e 2 funcionários a Porto Alegre. “A Suíça oficial ainda não se interessa suficientemente pelo resto do mundo”, afirmou à swissinfo.
Os suíços vão portanto participar de algumas das 27 grandes conferências e 900 seminários previstos em Porto Alegre de 31 de janeiro a 5 de fevereiro.
Os deputados suíços participarão também do II Fórum Parlamentário Mundial. O prefeito de Genebra participará do II Fórum de Autoridades Locais.
O II FSM, em Porto Alegre, ocorre ao mesmo tempo que o Fórum Econômico Mundial (WEF), de Davos, que será realizado excepcionalmente este ano em Nova York.
swissinfo
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