Suíço é nomeado para a ONU de olho no COI
A diplomacia e a concorrência aos cargos de cartola nas grandes organizações surtiram os primeiros efeitos na tarde de quarta-feira. O ex-ministro da Defesa da Suíça, Adolf Ogi, foi nomeado conselheiro especial na ONU, cargo criado para ele. Ao mesmo tempo, ele confirma que quer entrar no Comitê Olímpico Internacional e a Suíça decide dar isenção fiscal para manter a agência anti-doping do COI.
Desde que deixou o governo, em dezembro, ninguém acreditava que o ex-ministro da Defesa e duas vezes presidente do país, Adolf Ogi, fosse se aposentar. Nesta quarta-feira, as especulações dos últimos meses começaram a ser confirmadas.
Em entrevista ao jornal “Le Matin”, de Lausanne, Ogi confirmou quarta-feira que está interessado em entrar no Comitê Olímpico Internacional. Ele era ligado a entidades esportivas antes de entrar na política e próximos do ex-ministro afirmam que ele tem ambições inclusive de dirigir o Comitê Olímpico.
A candidatura de Ogi será apresentada pelo Comitê Olímpio Suíço na Assembléia do COI, dia 13 de junho, em Moscou. A Suíça já tem 5 membros no COI.
Coincidência ou não, a Suíça assinou também na quarta-feira, um acordo de exoneração fiscal com a agência mundial anti-doping, provisoriamente instalada em Lausanne, onde também está o COI. Existe uma concorrência acirrada entre vários países para sediar definitivamente a agência e a exoneração fiscal é mais uma medida para tentar mantê-la na Suíça.
Enquanto o COI não vem, Adolf Ogi vai trabalhar na ONU “conselheiro especial do Secretário Geral para o esporte a serviço do desenvolvimento e da paz”. O cargo não existia e foi criado sob medida para o ex-ministro suíço.
Ele vai representar o Secretário Geral Kofi Anann junto a dirigentes e associações esportivas e examinar as possibilidades de parceria entre essas associações e as Nações Unidas.
swissinfo com agências
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