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Suíços rejeitam cota de estrangeiros

Em votação no final de semana, os eleitores suíços rejeitaram por 63,4 p/cento uma proposta de limitar a porcentagem de estrangeiros. Também foram rejeitadas propostas de incentivo às energias alternativas e de mudança no sistema de referendo.

Pela sexta vez nos últimos 30 anos, no final de semana os eleitores suíços rejeitaram por 63,4 p/cento a limitação do número de estrangeiros no país. Todos os 26 estados votaram contra a proposta da extrema direita visava fixar a cota máxima de 18 p/cento de estrangeiros no país.

Atualmente, a população estrangeira residente na Suíça é de 19,6 p/cento. A participação foi de 44,3 p/cento.

A proposta da extrema direita foi combatida pelos meios econômicos (que temiam pela escassez de mão de obra) e por três dos quatro partidos governamentais.

Os eleitores também rejeitaram três propostas para mudanças na política enérgica e que visavam introduzir impostos indiretos, na forma de taxas sobre as energias não renováveis. Os recursos adicionais seriam utilizados no incentivo à energia solar e outras energias renováveis e também à proteção do meio ambiente. Os cidadãos disseram portanto não a novos impostos.

Os eleitores também não quiseram mexer nos chamados direitos populares. Rejeitaram uma proposta de criar o referendo facultativo em que os cidadãos poderiam modificar apenas parcialmente um projeto de lei aprovado no Parlamento, sem rejeitá-lo em bloco.

Aparentemente, os cidadãos não estão dispostos a alterar os direitos populares que estabelecem o voto popular como soberano na Suíça, acima do governo e do Parlamento. As votações do final de semana, por exemplo, foram propostas por iniciativas populares, instrumento democrático através do qual uma questão é submetida à votação depois da coleta de 100 mil assinaturas, a nível nacional.

A nível estadual também foram votadas várias questões importantes no final de semana. Em Neuchâtel, os eleitores aprovaram a nova Constituição que prevê a extensão do direito de voto a todo o estado aos estrageiros residentes há mais de 5 anos.

Em Fribourg, foi rejeitada proposta de introduzir o ensino bilíngüe (francês e alemão) na escola primária. Em Zurique, os eleitores aprovaram a abertura do comércio das 6 hs da manhã às 23 hs.

swissinfo com agências.




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