Visita de chanceler austríaco alimenta controvérsia

Socialistas, verdes e judeus se opõem na Suíça a convite feito pelo governo ao chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel e à sua ministra das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, a visitar o país. Os socialistas suíços os consideram "infreqüentáveis"

O grupo socialista no Parlamento suíço solicitou ao governo a renunciar ao convite feito ao chanceler austríaco, Wolfgang Schüssel. O convite foi feito quarta-feira, dia 23 de fevereiro.

O Partido Socialista Suíço, representado no governo, critica Schüssel por ter formado o atual governo com a extrema-direita, tornando o Partido da Liberdade de Jörg Haider – líder da extrema direita austríaca – “uma formação política freqüentável”.

Os Verdes também condenaram a decisão do governo.

Por seu lado a comunidade judaica da Suíça estima que se deve esperar que Viena faça da proteção dos direitos humanos e das minorias uma de suas prioridades para se fazer o convite.

Tradicionalmente a Suíça é o primeiro país a ser visitado pelo chanceler de novo governo austríaco. Desta vez a vinda do chanceler e da ministra das Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, representante do partido de Haider, irrita os meios de esquerda e a comunidade judaica.

(Vale lembrar que a recente entrada da extrema direita no governo da Áustria provocou críticas, protestos e manifestações. Está se vendo que a poeira ainda não assentou). (gb)