Visita do chanceler austríaco causa polêmica
A Áustria hoje quer ser "tolerante, humanista e democrática" declarou em Berna o novo chanceler Wolfgang Schuessel diante do presidente da Suíça Adolf Ogi (à esquerda). A tradição foi mantida mas sua presença suscitou críticas e manifestações na Suíça.
Todo novo chanceler da Áustria faz sua primeira visita oficial ao estrangeiro na Suíça mas desta vez a tradição causou polêmica. Com a entrada de quatro ministros de extrema-direita no governo, em fevereiro, a Áustria está isolada e sob pressão inclusive dentro da União Européia. Nas últimas eleições legislativas, o FPOe, dirigido pelo extremista Joerg Aider, obteve 27 p/cento dos votos e entrou na coalisão que formou o governo de Wolfgang Schuessel.
Parte da opinião pública e partidos, sindicatos de esquerda e movimentos antiracistas contestam a decisão do governo suíço de receber o chanceler. Uma manifestação de protesto oorreu em frente ao Palácio do governo em Berna mas, para evitar constrangimentos, o encontro de Schuessel com três ministros suíços (Adolf Ogi, Joseph Deiss e Kaspar Villiger) foi organizado longe do Palácio, em uma residência oficial a 5 kms de Berna.
Entre os argumentos do governo suíço está o fato do governo austríaco ter sido eleito democraticamente e que romper o diálogo raramente é uma boa solução. Berna afirma também que vai julgar o governo de Schuessel pelos atos e não com preconceitos.
Quando ministro das Relações Exteriores do governo precedente, Schuessel defendeu a Suíça na negociação dos acordos bilaterais com a União Européia. A Suíça é o terceiro parceiro comercial mais importante da Áustria com volume de negócios de mais 5,5 bilhões de dólares por ano entre os dois países.
swissinfo com agências.
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