
Sindicatos suíços exigem linha dura com UE em relação a salários

A Federação Suíça de Sindicatos condenou tanto a União Europeia quanto as empresas suíças por tentarem forçar a redução dos salários dos trabalhadores.
Na sexta-feira, o órgão sindical apresentou uma série de exigências com a Suíça e a UE ainda em negociações sobre o futuro das relações políticas e econômicas.
A federação disse que as negociações atuais estão indo na direção errada para o futuro dos trabalhadores suíços e do setor público.
Os líderes sindicais expressaram sua indignação com a exigência da Comissão Europeia de que as empresas da UE com escritórios na Suíça parem de pagar aos seus funcionários o salário suíço.
O economista-chefe da Federação Sindical, Daniel Lampart, considera essa “atitude antitrabalhador… incompreensível”, pois custaria aos trabalhadores da UE na Suíça até CHF 1.000 por mês em rendimentos reduzidos.
Lampart também acusou os empregadores suíços que estão envolvidos nas negociações da UE de incentivar a deterioração dos salários ao não fazer nada para bloquear as maquinações da UE.
“Essa erosão progressiva da proteção salarial deve ser interrompida”, disse Lampart.
A Federação de Sindicatos também se opõe à proposta de fusão total do mercado de eletricidade da Suíça e da UE e à abertura do setor de transporte público.
Isso ameaçaria serviços cruciais do setor público na Suíça, disse Lampart.

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