
Sondagem é pelo sim ao direito de morrer
Sondagem publicada pelo jornal "Le Matin", de Lausanne, nesta segunda-feira, revela que 80 por cento dos suíços são favoráveis à eutanásia. E 70 por cento estimam que o médico que pratica a eutanásia não deveria ser processado.
“Um doente que deseje abreviar seus sofrimentos deveria poder optar pela morte com dignidade. E conseguir ajuda para realizar seu desejo”. É o que pensam 80 por cento dos suíços, segundo sondagem da organização suíça, Exit (que pratica eutanásia), publicada no jornal “Le Matin”. À pergunta: você pensa que uma pessoa atingida por doença incurável e que sofra muito fisica e psiquicamente tenha o direito de pedir a morte e obter ajuda para o fazer? 82 por cento dos entrevistados disseram SIM; 11 por cento NÃO e 7 por cento ficaram indecisos. / Indagados sobre se a lei deveria ser modificada a fim de que o médico não fosse processado, se praticasse a eutanásia, 71 por cento disseram SIM, 21 por cento NÃO e 8 por cento ficaram indecisos.
Na Suíça o código penal pune quem assiste suicidas por motivo egoístas (artigo 115). Segundo Exit, nos casos de assistência que poderia ser justificada os médicos “não sabem como agir”. A assinalar que a Suíça é o único país do mundo a tolerar que pessoas que não sejam médicos assistam pessoas atingidas por doença incurável em fase terminal. É o que faz Exit, que se autodefine como “organização pela morte humana”. Exit atua numa área mal definida legalmente. Em determinadas circunstâncias, esses “companheiros da morte” podem conseguir drogas fatais de “médicos simpáticos” para quem esteja em condições críticas, em fase terminal sem a mínima esperança de cura. Resta que a questão da eutanásia é um assunto controvertido e bastante tabu, também na Suíça.
Note-se que a sondagem foi realizada junto a 1000 pessoas de 18 a 74 anos. Considera-se que a margem de erro seja de 3 por cento.

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