Vítimas do holocausto estão sendo indenizadas

Documento de Arie Schpirer, sobrevivente do Holocausto. Hugues de Wurstemberger/ Schweizer Fonds für Opfer des Holocaust

2,2 milhões de dólares já foram distribuidos a 1.235 pessoas, segundo o balanço provisório divulgado quinta-feira, em Nova York.

Isso é parte do acordo global de 1,25 bilhão de dólares assinado em 1998 entre os dois maiores bancos suíços e organizações judaicas.

O balanço intermediário das indenizações pagas às vítimas do nazismo foi divulgado quinta-feira, em Nova York, pela organização “Claims Conference”(CC), que administra o dinheiro pago pelos bancos suíços.

Em 1998, depois da abertura de um processo coletivo na Justiça dos Estados Unidos e de uma intensa campanha na imprensa, os dois maiores bancos suíços (UBS e Crédito Suíço) firmaram um acordo com organizações judaicas e pagaram 1,25 bilhão de dólares para encerrar o caso.

Dessa soma, US 800 milhões são reservados aos herdeiros das pessoas que tinham contas inativas em bancos suíços desde a Segunda Guerra Mundial porque seus titulares foram vítimas do nazismo.

Menos pedidos que o previsto

O restante é destinado a outras vítimas do mesmo período como os refugiados impedidos de entrar na Suíça e as pessoas detidas ou que executaram trabalhos forçados em filiais de empresas suíças na Alemanha.

Esses dois grupos (refugiados recusados e trabalhos forçados) eram estimados em 20 mil pessoas. No site da CC foi divulgada uma lista de 6.300 nomes mas foram registrados somente 4.500 pedidos de indenização.

Os refugiados recusados (ou herdeiros) recebem 3.625 dólares e as pessoas detidas ou submetidas a trabalhos forçados, 750 dólares.

Ainda não é possível saber as somas exatas que já foram distribuidas nem quanto resta no caixa da “Claims Conference”, segundo a porta-voz da organização, Hillary Kessler Godin. Ela também não sabe quantas pessoas ainda deverão ser indenizadas nem quanto esse processo vai terminar.

swissinfo com agências