
Silêncio é inimigo da pedofilia

Na Suíça, como em qualquer outro país, os criminosos tiram proveito da lei do silêncio, quase geralizada. Com a internet a situação se agrava. ONGs lançam alerta no Dia Internacionl dos Direitos da Criança.
Uma coalizão de ONGs participou de uma manifestação em frente à sede da ONU, em Genebra, para denunciar que as violações dos direitos das crianças são amplamente subestimadas.
A Declaração dos Direitos da Criança foi assinada por assinada por 191 países, menos pelos Estados Unidos e Somália. Assiná-lo é uma coisa, fazer cumpri-lo é autra.
Processos arquivados
Os crimes são freqüentemente cometidos por indivíduos ligados a circuitos mafiosos, muito lucrativos, segundo o suíço Georges Glatz, presidente do Comité Internacional pela Dognidade da Criança (CIDE). Glatz afirma também que muitos juízes hesitam em colocar em causa um adulto diante da testemunha de uma criança.
O jornalista francês Serge Garde, co-autor do “Livro da Vergonha”, recentemente publicado, afirma que 60 a 80% das queixas de pedofilia são arquivas na França, por falta de provas.
Situação se agrava
Uma noite com uma criança pode custar muito dinheiro, um filme com uma cena de tortura de uma criança também vale milhares, afirmam as ONGs para denunciar a “apatia” da classe política e do Judiciário.
Isso tem várias razões. Segundo Nicolas Giannakopoulos, do Observatório do Crime Organizado, as leis nacionais e os sistemas judiciários ainda têm pouco controle sobre o crime organizado.
Especialistas concordam que o fenômeno se amplia com a a Internet, que facilita o contato entre as redes de pedofilia. Em Berna, a polícia federal está reestruturando esse serviço, que contará com 10 agentes dedicados ao crime organizado na Internet, com atenção especial para a pedofilia, segundo a porta-voz da polícia federal, Michèle Bersier.
swissinfo/Frédéric Burnand

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