Ex-ministros suíços criticam rejeição de ucranianos feridos
Ex-ministros do governo suíço se pronunciaram contra uma decisão de negar o atendimento hospitalar aos ucranianos feridos pela guerra por causa de preocupações com a neutralidade.
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Bote der Urschweiz/ac
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Swiss authorities criticised for rejecting wounded Ukrainians
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Ruth Dreifuss e Didier Burkhalter, dois ex-membros do governo, expressaram suas objeções a uma posição oficial do governo sobre as tentativas de tratar os feridos ucranianos nos hospitais suíços.
Na segunda-feira, foi revelado que o Ministério das Relações Exteriores havia rejeitado a ideia por razões legais e práticas ligadas à neutralidade suíça. O pedido foi feito originalmente por um departamento da OTAN chamado Centro de Coordenação Euro-Atlântico de Resposta a Desastres.
Dreifuss disse aos jornais da Suíça na terça-feira que mesmo não sendo membro da OTAN, a Suíça fazia parte da Parceria para a Paz Link externoda OTAN, à qual aderiu em 1996 para participar de atividades humanitárias. Ela também acrescentou que a Suíça não era obrigada a internar soldados ucranianos sob a Convenção de Genebra porque havia uma margem de manobra para considerar outras soluções como pedir-lhes que se registrassem regularmente em uma delegacia de polícia.
“O dever de cuidar dos doentes e feridos – militares ou civis – que não podem ser atendidos por causa da guerra, deve prevalecer sobre todas as outras considerações. Esta não era a mensagem de Henri Dunant no campo de batalha de Solferino?”, disse ela.
Burkhalter foi menos mordaz, mas também enfatizou a tradição humanitária da Suíça, que é respeitada mundialmente. Ele queria que a nação aceitasse todas as pessoas que precisam de cuidados, independentemente do lado em que estão na guerra. Ele comparou acolher os feridos a aceitar refugiados e disse que isso não tem nada a ver diretamente com a neutralidade, mas deveria ser baseado na prestação de assistência humanitária básica.
“Estou convencido de que o governo suíço tem essencialmente que compartilhar estas considerações e baseará suas próximas decisões em princípios humanitários”, disse ele.
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