Dois estudos preveem pouco, ou nenhum impacto, ao meio-ambiente ou agricultura caso o acordo de livre-comércio firmado entre o EFTA e os países do Mercosul entre em vigor.
Na terça-feira, 31 de junho, a Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos (SECOLink externo), ligada ao ministério suíço da Economia, e a AgroscopeLink externo (Centro de Pesquisa na Agricultura) publicaram dois estudosLink externo sobre as possíveis consequências do acordo de livre-comércio EFTA-Mercosul para o meio ambiente e agricultura.
A Associação Europeia de Comércio Livre (EFTALink externo, na sigla em inglês – formado pela Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) e o MercosulLink externo (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) firmaram um acordo em agosto de 2019. Sua ratificação deve ocorrer até 2021 nos respectivos parlamentos.
Porém diversas associações de produtores, consumidores e ONGs suíças, agrupadas em torno da chamada “Coalizão Mercosul”, manifestam temores de impactos negativos do acordo.
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O primeiro estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto de Comércio Internacional da Universidade de Berna em junho de 2019. Eles analisaram o impacto ambiental que o acordo poderia ter para a Suíça e os países do Mercosul até 2040.
Dentre as previsões, o aumento das emissões de gases de efeito estufa devido à aplicação do acordo seria de 0,1% na Suíça. Já nos países do Mercosul: 0,02%. Para o globo: 0,0004%.
Já poluição do ar aumentaria em cerca de 0,2% na Suíça, enquanto permaneceria estável nos países do Mercosul e no resto do mundo.
De acordo com os modelos, o aumento do desmatamento devido ao acordo no Mercosul poderia variar de 0,02% a 0,1%, no pior cenário desenhado pelos pesquisadores.
“As consequências ambientais limitadas se explicam pelo fato de que o acordo EFTA-Mercosul não implicaria em grandes mudanças no comércio de produtos com alto impacto ambiental, inclusive no aumento desse fluxo”, escreve o comunicado.
Um segundo estudo, publicado por Agroscope, mostrou que o acordo teria pouco impacto sobre o comércio de produtos agrícolas e, portanto, sobre a produção suíça e os preços praticados pelos produtores nacionais.
A análise enfocou o impacto da abertura de mercados, com uma redução das taxas alfandegárias e o estabelecimento de quotas bilaterais para certas exportações agrícolas do Mercosul para a Suíça.
Os resultados indicam que a concessão de quotas bilaterais não teria nenhum efeito significativo no comércio agrícola, mesmo que os países do Mercosul fizessem uso extensivo dessas quotas adicionais. Além disso, o acordo teria pouco impacto sobre a produção e os preços na Suíça.
O acordo de livre-comércio firmado entre os dois blocos garante que 95% das exportações suíças para os países do Mercosul, onde vivem 260 milhões de habitantes, estariam livres de tarifas. As barreiras técnicas ao comércio seriam abolidas. Empresas suíças do setor de serviços teriam acesso mais fácil aos mercados e as relações econômicas bilaterais seriam fortalecidas. Em contrapartida, os países sul-americanos poderiam exportar mais carne à Suíça.
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