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Blatter elimina inimigos na Fifa

Keystone

O presidente suíço da Fifa estava ameaçado três meses atrás, acusado de gestão desleal, uso abusivo de recursos e de manter um caixa dois.

Este conteúdo foi publicado em 25. setembro 2002 - 17:03

Depois de reeleger-se e da Copa do Mundo, Blatter fez uma verdadeira limpeza no campo inimigo e colocou pessoas de sua confiança nos cargos mais importantes.

O temporal que precedeu o Congresso da Fifa em Seul, em maio, antes da Copa do Mundo, já passou. Aliás, começou a passar com a reeleição de Blatter com 70% dos votos. Depois da Copa Sepp Blatter continuou a trabalhar para pôr ordem na casa.

Comitê Executivo renovado

O complô interno, liderado pelo então Secretário Geral Michel Zen-Ruffinen, que denunciou negociadas e manipulação do orçamento da Fifa, já foi esquecido. Zen-Ruffinen mudou de emprego e não fala mais.

O departamento de comunicação foi alterado e será diretamente dependente do presidente, para que "a Fifa fale de uma só voz". As mudanças foram notadas durante a primeira reunião do Comitê Executivo depois da Copa, terça-feira, 24/9, em Zurique.

Foram eleitos 4 novos membros do Comitê Exeutivo, todos do "clan" Blatter, entre eles o ex-craque francês Michel Platini.

Lealdade à instituição e ao presidente

A comissão de inquérito interna que pretendia esclarecer irregularidades também mudou porque o escocês David Will, que a presidia, foi substituido pelo italiano Franco Carraro, próximo de Blatter.

Homens da confiança de Blatter também foram nomeados para as Finanças, Desenvolvimento, Comunicação e Competições e Marketing. Nas novas atribuições do futuro secretário-geral (n° 2 da Fifa), a ser nomeado até o final do ano, estão a obrigação de lealdade à instituição e ao presidente.

Justiça não tem pressa

Das denúncias de campanha, antes da Copa, resta uma queixa contra Blatter na justiça de Zurique apresentada por 11 membros do antigo Comitê Executivo. 9 dos 11 signatários se retiram da queixa depois da eleição. Dois, o coreano Chung e o italiano Matarezze a mantém.

Blatter explicou ao jornal Le Temps, de Genebra (edição de 25/9) que havia passado uma manhã com o juiz de instrução encarregado do caso. "Por enquanto, ninguém foi inculpado. Aparentemente, esse não é o caso mais urgente para a justiça suíça", declarou.

swissinfo/Claudinê Gonçalves

Breves

- Crise financeira foi provocada pela falência da empresa que comercializava
direitos de transmissão
- Denúncias ocorreram durante a campanha à presidência
- Blatter foi reeleito com 70% dos votos
- Autores do complô interno foram afastados
- Maioria do Comitê Executivo agora é favorável à Blatter
- Secretário geral terá de ser fiel à instituição e ao presidente

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