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Zoológico cria Madagascar em Zurique

Um pequeno pedaço de uma típica floresta de Madagascar foi transplantado sobre uma montanha de Zurique. swissinfo.ch

Zoológico inaugura pavilhão tropical, transplantando uma autêntica floresta de Madagascar para área no alto de uma montanha em Zurique. Obra única na Europa.

O ecossistema está numa gigantesca estufa de 11 mil metros quadrados.

Europeus vivem a síndrome da “arca de Noé”. Depois de terem exterminado nos últimos séculos suas próprias florestas, zoológicos do velho continente trazem e recriam ecossistemas inteiros de florestas tropicais e outros ambientes exóticos.

A “Floresta Masoala” é mais uma dessas atrações. Ela acaba de ser inaugurada no zoológico de Zurique, inspirando-se no parque florestal de Masoala. Essa reserva foi criada em 1997 e está localizada numa penínsola em Madagascar, abrigando uma fauna e flora única no mundo.

O mais novo chamariz de Zurique é também considerado uma obra extraordinária na Europa, pois nenhum zoológico havia, até então, construído um ecossistema num espaço tão grande.

Estrutura lembra “Zeppelin”

Sua estrutura metálica lembra um grande dirigível Zeppelin. Ela tem 30 metros de altura, 90 de largura e 120 de comprimento. Seus 11 mil metros quadrados sãos suficientes para abrigar dois campos de futebol. Várias camadas de plástico cobrem sua superfície e não vidro. Mais resistentes às tempestadas e de fácil manutenção, o plástico protege o ambiente e impede que o calor e umidade tropicais escapem durante o frio do inverno europeu.

O visitante que passa seus portões deslumbra um ambiente de uma típica floresta tropical em Madagascar, o país africano localizado numa ilha e considerado por biólogos como detentor de uma das regiões mais ricas em espécies do planeta. Muitas delas são nativas, ou seja, só nascem e vivem por lá.

A idéia do Zoológico de Zurique, de trazer um pedaço do parque “Masoala” para a Europa, nasceu em 1991. Seu objetivo era de recriar um ecossistema de floresta tropical, com árvores, plantas, lagos, riachos, animais e insetos que vivessem em liberdade.

Para realizar esse desafio, considerado o maior projeto da instituição, foram gastos mais de 38 milhões de dólares. O dinheiro foi financiado completamente por doadores particulares suíços.

Clima africano como em Madagascar

O calor africano do pavilhão vem dos sistemas de controle térmico. Ele permite que a temperatura tenha uma constância média de 35 graus centígrados e a umidade fique na casa dos 80%. Assim os visitantes suam como se estivessem passeando nas matas de Madagascar.

O ecossistema funciona como uma verdadeira arca de Noé: ele abriga 17 mil árvores e plantas, além de 109 animais vertebrados, incluindo 16 diferentes espécies de aves, quatro de répteis e três de mamíferos.

Dos animais que se destacam estão o lêmure “vari vermelho”, o “camaleão pantera”, o “sapo tomate” e a tartaruga-gigante “aldabra”, que têm mais de 220 quilos cada uma. “Além disso, temos centenas de centopéias”, brinca um dos tratadores empregados no pavilhão.

swissinfo, Alexander Thoele em Zurique

Reportagem continua na segunda parte, intitulada “Só quem conhece a natureza pode protegê-la”. Clique no LINK acima do texto.

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