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Cronologia

Palácio Wilson, em Genebra, primeira sede da Sociedade das Nações. Keystone Archive

Uma cronologia dos acontecimentos mais importantes a relacionando a Suíça, a Sociedade das Nações e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Depois da aprovação por partes dos suíços, em um plebiscito popular, em março de 2002, a Suíça entra oficialmente no clube dos países membros da ONU no dia 10 de setembro de 2002, em Nova Iorque. Apresentamos agora uma retrospectiva dos acontecimentos:

1919

No dia 28 de abril a Conferência de Paris aprova o pacto de criação da Sociedade das Nações. Genebra é escolhida como a primeira sede dessa organização voltada para a manutenção da paz e segurança internacional entre os países-membros. A 15 de novembro realiza-se, em Rhonestradt, sua primeira conferência geral.

1920

16 de maio: os suíços aprovam em plebiscito popular, através de uma maioria de 56%, a entrada da Suíça na Sociedade das Nações. No Senado Federal a aprovação foi com uma maioria de apenas um voto.

1925

Em outubro é aprovada pela Assembléia Geral da Sociedade das Nações a publicação do “Protocolo de Genebra”. Esse documento acabou não surtindo efeitos. Ele previa que os países-membros, em caso de conflitos, participariam de um tribunal de arbitragem ao invés de recorrer à guerra.
Durante o mesmo mês, realiza-se em Locarno uma conferência internacional, onde são assinados diversos tratados. Dentre eles destaca-se o “Pacto do Reno”, que delimita as fronteiras entre a França e a Alemanha, assim como a entre a Alemanha e a Bélgica.

1929

Em sete de setembro é lançada a pedra-fundamental do “Palácio das Nações”, em Genebra. A Sociedade da Nações, localizada até então no Palácio Wilson, também em Genebra, muda-se em 1936. A ultima sessão do Conselho realiza-se em 1939 – logo depois eclode a Segunda Guerra Mundial.

1945

Representantes de 50 países assinam em 26 de junho, em São Francisco, EUA, a Carta das Nações Unidas. A Suíça não foi convidada a participar da conferência de inauguração da ONU.

1946

A Sociedade das Nações é dissolvida oficialmente no dia 18 de abril. O Palácio das Nações em Genebra acaba, poucos meses depois, tendo novas funções como sede européia para as Nações Unidas.

1955

Pela primeira vez, desde 1945, realiza-se o encontro das quatro grandes potências, vencedores da Segunda Guerra Mundial, em Genebra, sob os auspícios da Nações Unidas. Eisenhower, Eden, Faure e Boulganine debatem temas como desarmamento, segurança européia, a reunificação da Alemanha e a melhora do relacionamento dos paises do leste e oeste.

1979

A Conferência de Desarmamento em Genebra transforma-se numa instituição bilateral para negociação sobre o desarmamento. A Suíça participa, desde 1966, dos debates realizados na Conferência de Desarmamento.

1986

16 de março: em plebiscito popular, a maioria dos suíços (75%) desaprova a entrada da Suíça na Organização das Nações Unidas. Também todos os Cantões votam contrariamente à adesão.

1988

13 de dezembro: Assembléia Geral das Nações Unidas realiza encontro extraordinário para discutir a realização de um discurso de Yasser Arafat, chefe da Organização pela Libertação da Palestina (OLP). Motivo: Arafat havia sido proibido de viajar para os Estados Unidos. Durante seu discurso frente a assembléia, o líder palestino reconhece o direito de existência de Israel, em “paz e segurança”.

1992

17 de maio: 56% dos votantes suíços aprovam, em plebiscito popular, a entrada do país nas instituições de Breton Woods (Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional).

1994

12 de junho: O povo suíço recusa, através de 57% de votos contrários, a participação de tropas suíças em missões de paz das Nações Unidas.

1995

5 de julho: Genebra festeja os 50 anos de existência da ONU. Presentes aos festejos estavam personalidades internacionais como Boutros Boutros-Ghali, Jacques Chirac, Frederik de Klerk, Yasser Araft e Kaspar Villiger, na sua função de Presidente da Suíça.

1998

8 de setembro: um comitê suprapartidário independente lança iniciativa popular propondo a adesão da Suíça à ONU. O pedido de plebiscito chega à chancelaria federal no dia 6 de março de 2000, contendo 124.772 assinaturas.

2000

Junho: a Assembléia Geral das Nações Unidas organiza uma sessão extraordinária no Palácio das Nações, em Genebra, batizada de “Genebra 2000”. A intenção é fazer um balanço de cinco anos de realização da Encontro de Cúpula em Copenhague para discutir problemas sociais. Paralelamente a Suíça organiza um grande fórum popular para discussão de questões da sociedade civil.

7 de setembro: Adolf Ogi torna-se o primeiro presidente da Suíça a discursar na Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, durante a Cúpula do Milênio.

4 de dezembro: pronunciamento do governo da Suíça no Parlamento apoiando a iniciativa de adesão à ONU.

2001

5 de outubro: as duas Câmaras no Parlamento apóiam a resolução do governo federal favorável a iniciativa de adesão à ONU.

24 de outubro: o governo federal da Suíça determina para 3 de março de 2002 o dia de realização do plebiscito popular e publica, ao mesmo tempo, uma declaração reforçando a posição de neutralidade junto com o pedido de adesão à ONU.

2002

3 de março: os suíços apóiam, através de apertada maioria no plebiscito popular, a adesão da Suíça à ONU.

21 de junho: Kaspar Villiger, presidente da Suíça, assina em Berna o pedido oficial de adesão.

18 de julho: a Suíça entrega oficialmente o pedido de
adesão a Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas. Ao mesmo tempo, o governo federal reforça a intenção de manter sua tradicional linha política: “a Suíça era e continua neutra, apesar de tornar-se membro da Organização das Nações Unidas”.

21 de julho: o Conselho de Segurança da ONU aceita a adesão da Suíça e a submete à Assembléia Geral.

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