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Esses três jornalistas fugiram do seu país devido à sua profissão

A liberdade de imprensa é um pré-requisito para a formação da livre opinião e, portanto, para uma democracia funcional. Porém não existe em todos os lugares. A SWI swissinfo.ch entrevistou três jornalistas estrangeiros que buscaram na Suíça proteção por estarem sendo perseguidos nos seus países de origem.

Este conteúdo foi publicado em 28. agosto 2019
Uma jornalista protege a boca com um pano devido ao gás lacrimogênio lançado por policiais em Hong Kong. Reuters / Kim Kyung Hoon

Ataques à liberdade de imprensa fazem parte dos temas que serão debatidos no Festival de Jornalismo de BernaLink externo, do qual a swissinfo.ch é parceiro da mídia. Pouco antes entrevistamos três jornalistas que viveram na própria pele o que significa não ter liberdade de expressão.

Tristeza e raiva

Um deles é Sergio Camilo, originário da Colômbia. Depois de ser ameaçado de morte - não só por telefone ou e-mail, mas também pessoalmente - decidiu fugir. Em 2018 pediu asilo político à Suíça. Ainda hoje aguarda uma decisão das autoridades e, por isso, ainda não pode trabalhar. 

O jornalista Firas Shamsan abandonou o Iêmen para salvar a própria vida e buscou refúgio na Malásia. Como parte do programa "Escritores no Exílio" foi convidado a viver na Suíça, onde trabalha e publica seus artigos com apoio de uma bolsa. 


O Iêmen está nas últimas posições do ranking da liberdade de imprensaLink externo no mundo segundo a ong "Repórteres sem Fronteiras" (168º lugar entre 180 países).

Jornalista na clandestinidade

Lachin Mamishov vem do Azerbaijão e também sofreu várias tentativas de morte após investigar o conflito na região do Cáucaso nos anos 1990. Por medo de ser preso, emigrou para a Geórgia. Em 2015 pediu asilo político à Suíça, onde hoje trabalha como blogueiro e documentarista. Mamishov afirma que os jornalistas independentes no Azerbaijão só podem trabalhar na clandestinidade.
 

Chineses silenciam

A swissinfo.ch gostaria de ter entrevistado um jornalista chinês, mas nenhum concordou em falar. "É muito arriscado" debater abertamente a questão da liberdade de imprensa na China. Jornalistas temem não apenas a repressão contra si, mas também contra a própria família.

Mesmo a swissinfo.ch experimenta diretamente a censura. O site em chinêsLink externo está praticamente bloqueado na China. A representação diplomática do país justifica o problema como "dificuldades técnicas".

O jornalista chinês Wu Qi participa do debate sobre a liberdade de imprensa Link externodurante o Festival de Jornalismo de Berna. Os ouvintes aguardam com ansiedade para escutar seus relatos. A SWI swissinfo.ch transmite o painel de discussão ao vivo no sábado, 31 de agosto, a partir de 13:15 (hora local.

A liberdade de imprensa na Suíça é considerada muito boa pelos padrões internacionais. Ela é protegida pela ConstituiçãoLink externo. No rankingLink externo da ong "Repórteres sem Fronteiras", o país ocupa a sexta posição entre 180 países. Um dos poucos pontos criticados é a interpretação restritiva, por parte do governo, do direito à transparência de documentos internos da administração pública.

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