Tempestades e enchentes causam prejuízos enormes mundialmente
A resseguradora Swiss Re diz que os desastres naturais resultaram em perdas econômicas de US$275 bilhões (CHF254 bilhões) em todo o mundo no ano passado.
A inflação e o acúmulo de ativos imobiliários em áreas expostas foram os principais causadores de perdas, disse na quarta-feira a empresa internacional de resseguros sediada em Zurique.
Cerca da metade das perdas causadas por desastres naturais – cerca de US$ 125 bilhões – foram cobertas por seguros. Isto confirma a tendência de que as perdas seguradas aumentam em média de 5% a 7% ao ano, disse a Swiss Re.
2022 foi o segundo ano consecutivo em que os prejuízos causados por desastres naturais ultrapassaram a marca de 100 bilhões de dólares, de acordo com o Swiss Re.
As perdas seguradas foram bastante consistentes com a cifra de US$ 130 bilhões de perdas seguradas de 2021, enquanto as perdas econômicas foram de fato inferiores aos US$ 303 bilhões do ano anterior, de acordo com as estimativas.
O furacão Ian
No ano passado, o Furacão Ian foi, de longe, o evento mais caro. Ele atingiu a Flórida em setembro e causou perdas de seguro de US$ 50 a US$ 65 bilhões.
Uma série de tempestades no noroeste da Europa causou mais de 4 bilhões de dólares em perdas seguradas no início do ano passado. A França registrou as maiores perdas de granizo de todos os tempos em um ano, com US$ 5 bilhões.
Os danos causados pelas enchentes ficaram acima da média mundial, principalmente no leste da Austrália.
Ao mesmo tempo, as colheitas no Brasil, especialmente de soja e milho, sofreram com secas severas e ondas de calor recordes, de acordo com a Swiss Re.
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