Consumidores melhor protegidos na Suíça

Carnes e ovos importados terão uma etiqueta especial na Suíça a partir do ano que vem. O uso de hormônios e antibióticos na produção de carne e os ovos de granja são proibidos na Suíça. A decisão atende às reinvidicações de produtores e consumidores.

A Suíça entra na guerra do hormônio à sua maneira. Ao invés de proibir a importação de carne dos Estados Unidos, como fez a União Eurpéia, na Suíça o produto terá uma etiqueta especial dizendo “pode ter sido produzido com hormônios” ou “pode ter sido produzido com antibióticos”. Os ovos de granja estrangeiros terão a menção “criação em granja, não admitida na Suíça”.
A medida entra em vigor em janeiro e os comerciantes terão três meses de prazo para adotá-la. Se o comerciante não puder provar que as carnes e ovos importados são produzidos segundo as normas suíças, terá de colocar a etiqueta de advertência.
A Suíça importa de 3 a 4 mil toneladas de carne por ano, principamente dos Estados Unidos, Brasil e Argentina. Os ovos importados abastecem metade do mercado interno.
Os comerciantes eram contra a medida que atende às reinvidicações das organizações de defesa dos consumidores e dos produtores suíços, que alegavam concorrência desleal com o produto importado. A lei suíça para a agricultura proibe o uso de hormônios, antibióticos e as criações em cativeiro.
Segundo o ministro da Economia, Pascal Couchepin, a medida visa restabelecer um certo equilibrio entre o produto nacional e o importado mas admite que certos parceiros comerciais poderão atacar a Suíça na OMC, Organização Mundial do Comércio, em Genebra.