Davos questiona os rumos da globalização
A Globalização, integração dos mercados internacionais, é considerada inevitável. Mas no Forum Econômico de Davos parece ter havido maior consciência que no mundo todos estão no mesmo barco e que globalização responsável respeita o interesse comum.
Globalização é a palavra que mais está em moda na economia. No encontro de Davos, nos Alpes suíços, o seleto clube de políticos, empresários, cientistas e intelectuais de diferentes áreas, teriam tomado maior consciência da necessidade de parar para pensar sobre os caminhos da globalização econômica em marcha. Muitos observadores vêem nessa atitude uma conseqüência da fracassada reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), dois meses atrás, em Seattle (EUA, para lançamento de nova rodada de negociações comerciais multilaterais. O fracasso da conferência foi atribuído em parte às graves manifestações anti-OMC.
Em Davos, cerca de 30 chefes de Estado e de 1200 grandes empresários defenderam o livre comércio, mas um livre comércio “responsável”, como acentuou o presidente suíço, Adolf Ogi. O próprio presidente americano, Bill Clinton, que defendeu “uma economia integrada” colocou um pouco de água no seu vinho, realçando a necessidade de uma economia mais “humana”.
Em Davos, observadores estimam ter havido um certo consenso sobre a necessiddade de uma integração que aplane crescentes desigualdades. E teria sido admitida com maior facilidade a necessidade de participação dos países pobres, da sociedade, do cidadão no processo de globalização. Seria também uma maneira de desativar tensões sociais.
A elite política e principalmente empresarial reavaliou os rumos e as condições da globalização, tendo em conta os interesses gerais, é quase uma utopia. Mas utopia continua em moda. (gb)
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