Embraer e Bombardier cantam vitória na OMC
A Embraer e a empresa canadense Bombardier interpretam cada uma à sua maneira uma decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. Ambas terão de rever incentivos à produção e exportação dos governos mas dizem que serão pouco afetadas.
Depois de mais de dois anos de combates jurídicos na OMC, o governo brasileiro e a Embraer e o governo canadense e a Bombardier agora puxam a brasa cada um para sua sardinha na interpretação das decisões.
O Proex brasileiro (Programa de Incentivo às Exportações) estava condenado na OMC mas foi parcialmente reabilitado e só será admitido se for compatível com as taxas de juros do mercado. Certos contratos de venda poderão ser questionados mas o presidente da Embraer, Mauricio Botelho, garantiu em Genebra que nada vai mudar para o cliente da Embraer. Disse ainda que o que faz a diferença não é o Proex mas o fato dos aviões brasileiros serem melhores e terem uma relação custo-benefício mais interessante para as companhias aéreas.
A Bombardier, principal concorrente da Embraer, tinha três tipos de incentivos do governo canadense. Dois estão condenados na OMC na maneira atual mas o mais importante, chamado EDC, permanece. O Brasil pode pedir entrar com nova queixa contra esse subsídio na OMC.
O vice-presidente da Bombardier, Yvan Allaire, declarou em Genebra, que a Embraer será muito afetada pela adaptação do Proex às taxas de mercado. Mauricio Botelho diz quem vai ser afetada é a concorrente, que perdeu dois tipos de incentivo. Ambos têm 90 dias para refazer os cálculos, prazo dado pela OMC.
O mercado dos jatos regionais é estimado em 10 mil aparelhos, algo em torno de US 150 bilhões nos próximos dez anos.
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