Enfermeiro de Safra confessa autoria de incêndio
O enfermeiro de Edmond Safra, Ted Maher, 41 anos, confessou segunda-feira ter sido o autor do incêndio no apartamento em Mônaco. Segundo o Procurador geral do Principado, Maher afirmou que não tinha intenção de matar Safra, sepultado em Genebra.
O americano Ted Maher, 41 anos, confessou segunda-feira ter incendiado intencionalmente o apartamento de Mônaco, causando a morte de Safra e de uma enfermeira de 38 anos, por asfixia. Segundo o Procurador geral de Mônaco, Daniel Serdet, Maher não tinha a intenção de matar Safra mas queria apenas “vingar-se de outro funcionário e chamar a atenção”.
O Procurador ouviu de Maher que que o emprego de enfermeiro e segurança que tinha há 5 meses “era o melhor de sua vida” e que considerava Safra como um “patrão excelente”. Ele será indiciado por incêndio voluntário provocando a morte de duas pessoas, segundo o Procurador Sardet.
Edmond Safra foi sepultado nesta segunda-feira em Genebra, onde viveu muitos anos e começou a construir seu império financeiro no início dos anos 60. O corpo foi enterrado no cemitério israelita de Veyrier, na periferia de Genebra.
Antes, mais de 500 pessoas, entre elas familiares e personalidades, assistiram a uma cerimônia religiosa na sinagoga mais antiga de Genebra, no bairro Plainpalais. A esposa de Safra, a brasileira D.Lily estava presente. Essa sinagoga tem o nome de “Beth Yacov”, em memória de Yakov Safra, pai de Edmond, depois que o banqueiro financiou a reforma da sinagoga.
Entre as personalidades estava o prêmio Nobel da paz Elie Wiesel, o costureiro francês Givanchy e o ministro israelense das Relações Exteriores David Levy.
A versão de um complô da máfia russa para assassiná-lo continua circulando inclusive em Israel, segundo a imprensa suíça. Uma das empresas de Safra, o Republic National Bank, esteve envolvido com o desvio de bilhões de dólares da ajuda do FMI à Rússia, segundo o FBI, serviço secreto americano. Houve investigações nas agências do RNB, na Suíça, Estados Unidos e Grã-Bretanha.
Segundo o jornal inglês “Financial Times”, o FBI terá escrito uma carta a Safra para agradecer a colaboração do Banco nas investigações sobre o desvio de verbas do FMI para a Rússia.
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